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Botucatu

Polícia Civil investiga possíveis assédios e difamação na GCM. Pardini diz que caso está corregedoria

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A ex-servidora, ouvida com exclusividade pelo Cidade Botucatu, deseja ser reintegrada ao serviço e punição aos agressores.

A Polícia Civil de Botucatu está ouvindo testemunhas e envolvidos em um inquérito que apura possíveis crimes de abuso moral, ameaças e difamação entre membros da Guarda Civil Municipal. A reportagem do Cidade Botucatu teve acesso exclusivo a um documento protocolado no Ministério Público no último dia 8, onde uma ex-GCM denuncia os supostos abusos.

De acordo com a denunciante, os assédios e ameaças começaram em 2018 e se estenderam até o meio deste ano, quando ela foi exonerada e forma desproporcional, desarrazoada e ilegal, durante licença médica e em cumprimento de uma ameaça e promessa, feita por seus superiores, durante esses anos todos de abusos, diz a denúncia.

O documento apresenta nomes, testemunhas e os depoimentos deram início a outras investigações sobre difamação de membros da GCM.

A Delegacia Seccional de Botucatu está investigando o caso e irá concluir o inquérito nos próximos dias. De acordo com o delegado Lourenço Talamonte, após a fase de investigação, o caso será encaminhado para o Ministério Público para providencias ou arquivamento.

A ex-servidora, ouvida com exclusividade pelo Cidade Botucatu, deseja ser reintegrada ao serviço e punição aos agressores.

Entenda o caso – baseado na denuncia.

AGO prestou concurso público para a GCM de Botucatu, em dezembro de 2015, sendo aprovada em quinto (05°) lugar na classificação geral. Porém já exercia o cargo de Auxiliar de Serviços Gerais desde 2014 a 2017.

Em janeiro de 2018, soube que estavam precisando de mais servidores na comunicação da GCM de Botucatu. Como a vaga lhe despertou interesse, foi até o Secretário de Administração da Prefeitura, e pediu, que a colocasse para trabalhar na comunicação da GCM, pois tinha esperança de que fosse chamada no concurso prestado em 2015 e já começaria a entender sobre seu futuro trabalho.

Isso de fato aconteceu e ela foi para aquele local trabalhar (GCM), já exercendo as atividades na comunicação (GCCOM), sendo que à princípio, foi muito bem acolhida pelo Comandante, na época

Segundo AGO, os problemas de perseguição e assédio começaram quando mudou a administração da GCM. De acordo com ela, o novo chefe começou a acreditar em “fofocas” feitas pelos integrantes da GCM, bem como ficou sabendo que a servidora, que estava na comunicação como auxiliar de serviços gerais, aguardava ser chamada, no concurso para ser GCM.

Conforme a denúncia, a partir daí já começaram as perseguições e comentários dizendo que quando ela entrasse na GCM, se entrasse, eles iriam colocar ela lugar dela.

Soube ainda, através de testemunhas, que o comando procurava meios de parar o concurso para que a servidora não fosse nem chamada, para assumir o cargo de GCM.

Um Inspetor lhe confidenciou, em conversa dentro da seção de Comunicação, que durante o curso de formação de A. G. O. , era uma espécie de “missão” deles, fazer com que ela pedisse baixa (demissão) antes de se formar. Por isso “pegavam pesado”, com ela, fazendo pressão psicológica e física acima do normal.

Assédios Sexuais

A denúncia ainda aponta sobre supostos Assédios Sexuais que A. G. sofreu por um Inspetor, e que esses começaram ainda quando ela trabalhava na seção de Comunicação da GCM. No ano de 2018, a vítima relatou à uma atendente, que o inspetor havia ligado para ela, na sua folga, lhe chamando para ir tomar banho no motel com ele.

Segundo ela, não sabendo o que fazer, AGO não tomou nenhuma providência legal, e com medo, se calou e foi forçada a fingir que estava tudo bem, fingindo uma boa aparência, com medo até de apanhar.

A vítima ainda aponta situações em que foi assediada na presença de outras pessoas.

A denúncia ainda relata que as Perseguições contra AGO eram tão intensas e pessoais e que o Inspetor acusado, mesmo antes de AGO ser convocada pelo concurso da GCM de Botucatu, disse na frente de servidoras, que a recruta iria “pedir baixa”, ainda no curso de formação e que ela já estava entrando na GCM “queimada”, com “um X nas costas”.

O documento relata que, no limite de seu desespero e precisando de ajuda, A GCM procurou o Prefeito de Botucatu, Pardini, em abril de 2021, mas o prefeito disse não poder atende-la pessoalmente, devido a Pandemia. A denúncia diz que o Prefeito não tomou nenhuma providência a respeito.

Após isso, no início de 2022, os assédios só se acentuaram e pioraram muito, pois AGO passou a trabalhar na mesma viatura que seu assediador, em escala 12×36.

Segundo ela, do nada, constantemente, durante a noite, no patrulhamento, o acusado dizia: “um dia ainda você vai dar pra mim” e ainda ameaçou de cometer um estupro de vulnerável, contra ela, quando ela estivesse bêbada, dizendo: “ainda vou te pegar bêbada, e você vai ver o que vou fazer com você”. Em verdadeiro deboche e desprezo pela vítima e a lei, diz a denúncia.

Ameaças

A denúncia afirma que, como a vítima nunca cedeu aos assédios do Inspetor, ele insistia, usando da a função como superior dela, na CGM, a assediava e a ameaçava dizendo para ela lembrar que ele seria o avaliador do estágio probatório dela.

O documento diz que, “ele queria se valer da condição de superior hierárquico para assediar sexualmente a vítima e tentar conseguir algum encontro amoroso com ela”.

O assediador, ainda teria pedido que AGO fizesse vídeos íntimos e os enviassem para ele.

Durante os assédios, AGO desabafou com alguns amigos de serviço, dizendo que não aguentava mais trabalhar com o Inspetor acusado, pois ela já estava emocionalmente esgotada, com tudo que acontecia.

O documento relata que AGO procurou ajuda com seu Comandante da GCM várias vezes, informando que estava sofrendo assédio sexual e que o comandante usou as mesmas palavras do Inspetor, dizendo que ela estava em estágio probatório e que qualquer documento que ela fizesse, contra o Inspetor assediador, poderia prejudicar ela.

“E para finalizar essa história de horror e de abusos, em meio a uma Investigação de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) a GCM AGO foi exonerada de forma desproporcional, desarrazoada e ilegal, em cumprimento de uma ameaça e promessa, feita por seus superiores, durante esses anos todos de abusos”, diz a denúncia.

Outro Lado

A reportagem do Cidade Botucatu entrou em contato com o Prefeito Pardini que disse que todos os encaminhamentos foram feitos: acolhimento no Centro de Referência da Mulher, registrada Ouvidoria na prefeitura e encaminhada à Corregedoria da GCM.

“Na esfera criminal ela mesma fez o BO estando as averiguações tanto da Corregedoria quanto da Polícia Civil em curso”, conclui.

 

Jornal Cidade Botucatu

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Botucatu

NAPE atua na inclusão da comunidade surda em Botucatu

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Hoje, 24 de abril, é celebrada uma data muito importante para a inclusão e a valorização da diversidade no Brasil: o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. Essa data marca a sanção da Lei nº 10.436/02, que reconheceu oficialmente a Libras como meio legal de comunicação e expressão para a comunidade surda.

Em Botucatu, o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado (NAPE) “Alcyr de Oliveira” tem sido essencial para essa temática. O Núcleo oferece cursos gratuitos de Libras para a comunidade em geral, incentivando o aprendizado dessa língua rica e fundamental para a comunicação inclusiva.

Em paralelo ao trabalho realizado com a população em geral, a Secretaria Municipal de Educação e o NAPE mantêm uma parceria na inserção de intérpretes de Libras nas escolas, que atuam diretamente nas salas de aula com os alunos surdos da Rede Municipal de Ensino. Também foi iniciado um trabalho de atendimento em horário extraescolar para esses alunos, com o objetivo de ampliar o vocabulário e desenvolver ainda mais a fluência em sua língua materna (Libras).

Mais do que uma celebração, o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais é um convite à reflexão. Ainda há muitas barreiras enfrentadas pelas pessoas surdas, e é nosso dever como sociedade buscar constantemente formas de promover mais acessibilidade, respeito e inclusão, afinal, a inclusão começa com a comunicação!

NAPE – Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado “Alcyr de Oliveira”
Endereço: Rua Amando de Barros, 1520, Centro
Telefone: (14) 3811-3061, (14) 99731-0754

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Botucatu

Turismo abre inscrições para Feira Turística do Dia das Mães

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Este evento promete oferecer o melhor do artesanato local e uma variedade de atrações musicais e artísticas ao longo do dia

A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria de Turismo, informa que está com inscrições abertas para a Feira Turística de Dia das Mães, que será realizada no dia 10 de maio (sábado), das 9 às 17 horas, na Praça Isabel Arruda – Centro.

As inscrições para artesãos, expositores, serviços gastronômicos e turísticos devem ser feitas através DESTE LINK e seguem até as 23h59 do dia 27 de abril (domingo).

https://forms.gle/iY949voNYkvGFzjs6

Caso o número de inscritos ultrapasse a capacidade física da praça, será feito um sorteio no dia 28 de abril e as pessoas sorteadas serão notificadas no dia 29 de abril. A reunião de alinhamento com todos os selecionados para participarem da feira está agendada para o dia 06 de maio.

Mais informações:

E-mail: turismo@botucatu.sp.gov.br,

Telefone: (14) 3811-1490

WhatsApp: (14) 99790-6691

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Botucatu

EMA celebra 20 anos dedicados à educação ambiental

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A Escola do Meio Ambiente (EMA) de Botucatu completou no último sábado, 12 de abril, seus 20 anos de dedicação à educação ambiental em Botucatu. Desde 2005a EMA tem sido um espaço dedicado à conscientização ambiental que proporciona experiências transformadoras para crianças, jovens e adultos.

Vinculado à Secretaria de Educação, a EMA se tornou referência no município, promovendo conhecimento e encantamento por meio de trilhas, atividades ao ar livre e vivências na natureza.

Localizada no Jardim Aeroporto, a Escola do Meio Ambiente está inserida em um ecótono, uma zona de transição entre dois importantes biomas brasileiros: a Mata Atlântica e o Cerrado. Além disso, a área abriga nascentes do Ribeirão Lavapés e a Represa Professor Jorge Jim, reforçando sua importância para a preservação dos recursos hídricos da cidade.

Para celebrar os 20 anos de educação e conscientização ambiental, foi plantado um jequitibá-branco, árvore símbolo de Botucatu, em uma cerimônia na última quarta-feira, 16 de abril.

“Nesses vinte anos, nossa missão sempre foi a de estabelecer um vínculo amoroso entre nossos visitantes e a EMA, afinal, infinito é o valor da vida. Que os próximos anos sigam sendo de encantamento, de transformação e de profunda conexão com tudo o que vive”, destacou a professora Eliana Gabriel, diretora da Escola do Meio Ambiente.

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