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Voluntários constroem casas para famílias em situação de risco, em Bauru

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Nossa, parece uma mansão.” Essas foram as primeiras palavras de Marilza de Fátima Inácio de Paula ao receber sua casa nova, feita pelos voluntários do Projeto TETO.

O projeto, que conta com a ajuda de voluntários, consiste em construir moradias para pessoas em situação de emergência. Em Bauru já são 18 famílias beneficiadas.

“A gente ajuda as famílias a construírem suas próprias casas”, conta um dos gestores do projeto, Christian Menin. Uma dessas famílias, a partir de agora, é a de Marilza. Ela vive no bairro Ferradura Mirim, na zona leste da cidade, com o neto Brian. E, recentemente, recebeu a visita dos voluntários do TETO.

“Falaram para mim que teria que preencher o formulário e que aí eles iriam me dar uma casinha”, lembra.Projeto em Bauru garante casas construídas em seis dias a famílias em situação de risco

Projeto em Bauru garante casas construídas em seis dias a famílias em situação de risco

O formulário, segundo Guilherme Sperândio, responsável pela equipe de voluntários de Bauru serve para coletar informações sobre os moradores.

“Nesse documento, o morador responde algumas perguntas, como nome completo, RG, CPF, condição financeira e etc. Aí, depois disso, nós fazemos um ranking, para ver quais são as famílias que precisam mais”, explica Guilherme.

Depois de preencher o formulário, dona Marilza recebeu a notícia de que teria sido uma das escolhidas. “Me falaram que iam me dar uma casinha!”, conta. No entanto, havia um próximo passo que precisava ser feito antes que começar a construir: demolir a casa onde Marilza morava.

“Aí chegou o dia que estava marcado no papelzinho. Era hora de desmanchar meu barraco, né. Mas aí, depois que eu desmanchei, fiquei pensando: ‘já pensou se eles não vierem?!” [risos]’, relembra.

Uma das etapas da construção é a demolição do antigo barraco, pois a nova casa é construída no mesmo local (Foto: Júlia Martins / G1 )

Uma das etapas da construção é a demolição do antigo barraco, pois a nova casa é construída no mesmo local (Foto: Júlia Martins / G1 )

Mas, eles vieram. Todos voluntários, estudantes, jovens de todos os cantos da cidade e até de fora dela. Era hora de começar a construir.

Os voluntários

Christian Menin, que trabalha na gestão do projeto na cidade de São Paulo, conta que, quando chegou em Bauru, se encantou com o quão engajados estavam os voluntários.

“Cheguei aqui e eles já estavam com a mão na massa. E é isso que importa. É a vontade de fazer, a solidariedade, a energia e estar aberto para uma experiência diferente. É querer construir junto com as famílias”, afirma.

Para participar do TETO não é necessário ter experiência com construção, como explica Guilherme. Ele gerencia a equipe e conta que cada um dos voluntários vem de um lugar diferente e alguns deles chegaram ao projeto sem nenhuma experiência.

Casas são construídas com a ajuda de voluntários (Bauru)  (Foto: Julia Martins / G1 )

Casas são construídas com a ajuda de voluntários (Bauru) (Foto: Julia Martins / G1 )

“Tem gente aqui que não sabia martelar um prego, sabe? Mas tem espaço pra todo mundo. Basta querer ajudar”, diz.

Mas, martelar um prego já não era problema para a engenheira civil, Mariana Elias. Ela participa do projeto desde que estava na faculdade. Segundo ela, é uma oportunidade para conhecer outras realidades.

“O que mais me marcou foi poder entrar em uma realidade muito diferente, que, infelizmente, é muito segregada. Eu não sabia o que era morar num lugar sem água, sem luz, e sem estrutura”, conta a engenheira.

Todo o trabalho é feito por voluntários do projeto TETO  (Foto: Julia Martins / G1 )

Todo o trabalho é feito por voluntários do projeto TETO (Foto: Julia Martins / G1 )

Nova casa, nova vida

E foi com a ajuda da Mariana, do Guilherme, do Tomás, do João, do Gabriel, da Luana e de muitos outros, que Marilza conseguiu realizar um sonho: o de ter uma casa para morar.

“Isso aqui perto do que eu tinha antes é uma mansão. Eu não sei nem como agradecer. Deus agiu por meio desses meninos todos. Eles foram uma bênção na minha vida”, conta emocionada.

E, para ela, o Projeto TETO é mais do que um “trabalho de construir casas”. Para a dona Marilza, o TETO lhe deu um novo motivo para viver.

“Deus me deu forças para erguer a cabeça e continuar. Eu consegui a minha casa e eu ganhei uma nova família, que são esses jovens tão lindos. Então, agora, é só ir pra frente, né?”.

Voluntários comemoram a entrega das casas no bairro em Bauru  (Foto: Julia Martins / G1 )

Voluntários comemoram a entrega das casas no bairro em Bauru (Foto: Julia Martins / G1 )

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Botucatu

Obra Madre Marina Videmari assina termo de fomento de emenda impositiva

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Na manhã desta quarta-feira (08/05), mais um Termo de Fomento proveniente das emendas impositivas da Câmara de Botucatu foi assinado em pequena cerimônia realizada na Prefeitura de Botucatu.

O termo formalizou a destinação da emenda impositiva nº 9 à Obra Madre Marina Videmari, que a utilizará para o fechamento da sua quadra poliesportiva. A emenda era de iniciativa dos vereadores Alessandra Lucchesi (PSB), Silvio (PSD) e Rose Ielo (PDT) e do ex-vereador Lelo Pagani. Também esteve presente no ato da assinatura o presidente da Câmara, Cula (MDB).

Orçamento impositivo

2024 é o primeiro ano em que estão sendo executadas no orçamento municipal as emendas impositivas. Com elas, os vereadores podem indicar como 1,2% do orçamento botucatuense será utilizado pela Prefeitura. Enquanto 50% deste valor deve ser destinado obrigatoriamente à área da saúde, o restante pode atender as mais variadas demandas da população.

As emendas impositivas têm sido liberadas aos poucos e, até agora, ao menos nove entidades do terceiro setor foram contempladas com o recurso.

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Botucatu

Paulinho Alves sai do grupo de Pardini e declara apoio a André Spadaro

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Paulo Sérgio Alves, conhecido como Paulinho do OP, declarou ontem que vai atuar na articulação política da pré-campanha de André Spadaro. Com o anúncio, Paulinho sela a saída do grupo do Prefeito Mário Pardini que apoia Fábio Leite para a sucessão do Executivo.

Com a mudança, fica em dúvida a aliança entre o PSD de Pardini e o MDB, liderado por João Cury.

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Colunas

Franqueza, artigo de Bahige Fadel

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FRANQUEZA

Vamos ser francos, salvo algumas exceções, a vida nunca esteve muito fácil. Se a gente quer conquistar alguma coisa, tem que ralar. Foi assim antes; é assim agora. Ganhar o grande prêmio da loteria é para alguns, que a gente só ouviu falar. Conhecer mesmo, raramente. Receber uma vultosa herança, pra não ter que fazer nada o resto da vida parece ser coisa virtual, não real. A gente vê essas coisas em filmes de ficção ou em notícias de fatos que ocorrem na Terra do Nunca. Nunca em nossa casa ou vizinhança.

Comigo foi assim. Com você também deve ter sido desse jeito, caro leitor. Você se arrebenta num trabalho, num projeto, que pode ou não dar certo. Se não dá certo, sua fama de incompetente rola o mundo. ‘Eu já sabia…’

Todos já sabiam, menos você. ‘Eu bem que avisei aquele cara de que ele daria cabeçada.’ Todos avisaram, só que deve ter sido em outra língua, porque você nunca ouviu coisa alguma. E o pior é quanto aparece aquele iluminado: ‘Se ele tivesse me ouvido. Eu tenho experiência nesse caso.’ Quando aparece alguém oferecendo ajuda, você fica desconfiado. Será que é ajuda ou é interesse?

Mas se a coisa dá certo, raramente vem um elogio. Ainda bem que o advérbio é raramente, e não nunca. A gente tem que ser justo. A gente não está totalmente só e abandonado neste mundo. Mas como eu ia dizendo, se a coisa dá certo, vêm línguas de trapo inconformadas. ‘Mas que cara de sorte! Nasceu com aquilo voltado pra lua!’ Você planeja, analisa prós e contras, avalia, trabalha que nem escravo e consegue aquilo que projetou. Ótimo! A conclusão é ‘cara de sorte’. Sorte é o… Vamos deixar pra lá. Isso é pior que coice de mula. Melhor não enfrentar. Os danos serão terríveis. Desviar é a solução.

Pior de tudo é quando começa a ter a certeza de que algumas lutas ao longo de sua vida foram inúteis. Você cansou, feriu-se, arranjou alguns inimigos, e o resultado de tudo foi o fato de cansar-se, ferir-se e arranjar inimigos. O resto ficou tudo igual. Quer dizer: pra que serviram essas lutas? Pra não resolver coisa alguma. Pena que a gente perceba isso mais tarde, com a experiência, quando não tem jeito de consertar. Nem de concertar.

E quando esperam que você continue lutando ‘para resolver os problemas do mundo’? Caramba! Minhas forças mal são suficientes para lutar por mim e por minha família. Como eu dizia para meus alunos, no final de minha carreira: Agora é a vez de vocês. Bem ou mal, está aí o mundo. Cabe a vocês melhorá-lo. Eu posso não ter ajudado muito, mas fiz o máximo que pude. Dei o melhor de mim. Como eu dizia aos meus alunos – tenho saudade deles – ninguém é obrigado a ser o melhor aluno da classe, mas tem obrigação de ser o melhor que pode ser. Posso não ter sido o melhor naquilo que fiz, mas fui o melhor que pude ser.

Ah se todos dessem o máximo de si para coisas boas! O mundo seria bem melhor, com certeza.
BAHIGE FADEL

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