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Unesp adquire tecnologias assistivas para todas as bibliotecas

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Usuário com deficiência poderá acessar acervo bibliográfico em Braille e letras ampliadas

Além de um espaço de convivência fundamental, que concentra o acervo bibliográfico necessário para atividades universitárias, as bibliotecas estão tornando-se centros agregadores de diversos tipos de recursos usados em prol da aprendizagem e da pesquisa. Em uma iniciativa conjunta entre a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) e a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), as bibliotecas de todas as 34 unidades universitárias da Unesp receberão em breve equipamentos apoiados em tecnologias assistivas para garantir às pessoas com deficiência o acesso ao vasto material bibliográfico disposto nos ambientes físico e digital das bibliotecas dos 24 câmpus da Universidade.

Com recursos de um edital voltado à acessibilidade digital, parte do programa Unesp Presente, foram adquiridos digitalizadores que permitem escanear textos de modo que o material bibliográfico presente em livros possa ser ouvido ou lido em letra ampliada e equipamentos que transformam o texto digital no sistema Braille, de escrita táctil, usado por pessoas cegas ou com baixa visão. As tecnologias facilitarão a integração às bibliotecas universitárias de deficientes visuais, auditivos, idosos e pessoas com distúrbios de aprendizagem, como por exemplo dislexia. Alinhada à Política de Acessibilidade e Inclusão da Universidade, instituída há dois anos, a iniciativa viabiliza a chegada às 34 bibliotecas da Unesp tanto dos leitores Omni Reader, que digitalizam textos e permitem que o material bibliográfico seja ouvido em sete idiomas ou lido em letra ampliada, quanto dos equipamentos da Linha Braille, que transportam em tempo real o conteúdo digital apresentado para o sistema táctil.

De acordo com a professora Maria Odila Hilário Cioffi, assessora da Pró-Reitoria de Graduação, o investimento em acessibilidade digital faz parte de uma das preocupações da Unesp com vistas a tornar o ambiente acadêmico mais amigável para o estudante com deficiência, de modo a mantê-lo no curso universitário em condições de igualdade no processo de aprendizagem. A compra desses equipamentos representa apenas uma fração do edital, que fomenta outros 22 projetos relacionados à acessibilidade digital que estão distribuídos pela Unesp.

“Particularmente, a acessibilidade digital é uma das ações importantes para que a inclusão aconteça. Isso dá condição de aprendizagem e convívio e permite que o aluno (com deficiência) aproveite a universidade como todos os outros”, ressalta Maria Odila Hilário Cioffi.

A partir deste conjunto de equipamentos, os usuários com deficiência poderão acessar todo acervo bibliográfico em Braille, voz (áudio) e letras ampliadas, o que para o doutorando Uilian Donizeti Vigentim, integrante da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão e assistente de suporte acadêmico na biblioteca da Faculdade de Ciências e Letras do câmpus de Araraquara, é uma forma de quebrar barreiras e criar uma cultura de acessibilidade na Unesp. O doutorando, que é deficiente visual, lembra que uma pessoa que não possui deficiência também poderá fazer uso dessa tecnologia assistiva em seu processo de aprendizagem –estímulos auditivos e visuais facilitam a busca por conhecimento e podem ser incorporados na rotina de estudos de qualquer pessoa. “A Unesp pensa a acessibilidade não só como a acessibilidade exclusiva para pessoas com deficiência, mas como uma cultura que auxilia todas as pessoas, melhora a vida e a convivência dentro da comunidade unespiana”, diz o doutorando.

Em 2013, a Coordenadoria Geral das Bibliotecas (CGB) instaurou o Serviço de Inclusão e Acessibilidade à Informação, após mapeamento que identificou demandas por atendimento de pessoas com deficiência nos câmpus. A proposta do projeto era tornar acessível o material didático e a bibliografia básica dos cursos e a implantação inicial ocorreu em sete bibliotecas da Unesp.

A iniciativa deste ano retoma princípios norteadores do serviço pensado anos atrás, expandindo-o para todas as 34 bibliotecas da Unesp. Mesmo sem o registro de alunos com deficiência em um determinado câmpus, a ideia é que a unidade universitária possua os recursos previamente instalados, estimulando a criação de uma cultura de acessibilidade ao deixar as tecnologias assistivas ao alcance de alunos da graduação e de pós-graduação, docentes, funcionários técnicos e das pessoas das comunidades locais que são usuárias das bibliotecas.

“Assinamos e compramos conteúdos sempre pensando no coletivo e em dar acesso à informação e ao conhecimento para todos. A biblioteca universitária tem esta missão, junto com a missão da universidade. Então, se investimos em um acervo que é para todos, se é para todos, não podemos deixar ninguém para trás”, diz Flávia Bastos, coordenadora geral das bibliotecas da Unesp.

Nesse campo, em paralelo a este investimento de aquisição das tecnologias assistivas por meio do edital do programa Unesp Presente, as bibliotecas da Universidade planejam adquirir audiobooks, com base em demanda identificada por meio das manifestações dos usuários. “Estamos assinando uma base de audiobooks porque os alunos estão pedindo materiais para que possam acompanhar melhor as disciplinas. Estamos vendo a aquisição de materiais acadêmico-científicos que estejam neste formato também”, afirma Flávia Bastos.

 

Portal Unesp

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Botucatu

Obra Madre Marina Videmari assina termo de fomento de emenda impositiva

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Na manhã desta quarta-feira (08/05), mais um Termo de Fomento proveniente das emendas impositivas da Câmara de Botucatu foi assinado em pequena cerimônia realizada na Prefeitura de Botucatu.

O termo formalizou a destinação da emenda impositiva nº 9 à Obra Madre Marina Videmari, que a utilizará para o fechamento da sua quadra poliesportiva. A emenda era de iniciativa dos vereadores Alessandra Lucchesi (PSB), Silvio (PSD) e Rose Ielo (PDT) e do ex-vereador Lelo Pagani. Também esteve presente no ato da assinatura o presidente da Câmara, Cula (MDB).

Orçamento impositivo

2024 é o primeiro ano em que estão sendo executadas no orçamento municipal as emendas impositivas. Com elas, os vereadores podem indicar como 1,2% do orçamento botucatuense será utilizado pela Prefeitura. Enquanto 50% deste valor deve ser destinado obrigatoriamente à área da saúde, o restante pode atender as mais variadas demandas da população.

As emendas impositivas têm sido liberadas aos poucos e, até agora, ao menos nove entidades do terceiro setor foram contempladas com o recurso.

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Botucatu

Paulinho Alves sai do grupo de Pardini e declara apoio a André Spadaro

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Paulo Sérgio Alves, conhecido como Paulinho do OP, declarou ontem que vai atuar na articulação política da pré-campanha de André Spadaro. Com o anúncio, Paulinho sela a saída do grupo do Prefeito Mário Pardini que apoia Fábio Leite para a sucessão do Executivo.

Com a mudança, fica em dúvida a aliança entre o PSD de Pardini e o MDB, liderado por João Cury.

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Colunas

Franqueza, artigo de Bahige Fadel

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FRANQUEZA

Vamos ser francos, salvo algumas exceções, a vida nunca esteve muito fácil. Se a gente quer conquistar alguma coisa, tem que ralar. Foi assim antes; é assim agora. Ganhar o grande prêmio da loteria é para alguns, que a gente só ouviu falar. Conhecer mesmo, raramente. Receber uma vultosa herança, pra não ter que fazer nada o resto da vida parece ser coisa virtual, não real. A gente vê essas coisas em filmes de ficção ou em notícias de fatos que ocorrem na Terra do Nunca. Nunca em nossa casa ou vizinhança.

Comigo foi assim. Com você também deve ter sido desse jeito, caro leitor. Você se arrebenta num trabalho, num projeto, que pode ou não dar certo. Se não dá certo, sua fama de incompetente rola o mundo. ‘Eu já sabia…’

Todos já sabiam, menos você. ‘Eu bem que avisei aquele cara de que ele daria cabeçada.’ Todos avisaram, só que deve ter sido em outra língua, porque você nunca ouviu coisa alguma. E o pior é quanto aparece aquele iluminado: ‘Se ele tivesse me ouvido. Eu tenho experiência nesse caso.’ Quando aparece alguém oferecendo ajuda, você fica desconfiado. Será que é ajuda ou é interesse?

Mas se a coisa dá certo, raramente vem um elogio. Ainda bem que o advérbio é raramente, e não nunca. A gente tem que ser justo. A gente não está totalmente só e abandonado neste mundo. Mas como eu ia dizendo, se a coisa dá certo, vêm línguas de trapo inconformadas. ‘Mas que cara de sorte! Nasceu com aquilo voltado pra lua!’ Você planeja, analisa prós e contras, avalia, trabalha que nem escravo e consegue aquilo que projetou. Ótimo! A conclusão é ‘cara de sorte’. Sorte é o… Vamos deixar pra lá. Isso é pior que coice de mula. Melhor não enfrentar. Os danos serão terríveis. Desviar é a solução.

Pior de tudo é quando começa a ter a certeza de que algumas lutas ao longo de sua vida foram inúteis. Você cansou, feriu-se, arranjou alguns inimigos, e o resultado de tudo foi o fato de cansar-se, ferir-se e arranjar inimigos. O resto ficou tudo igual. Quer dizer: pra que serviram essas lutas? Pra não resolver coisa alguma. Pena que a gente perceba isso mais tarde, com a experiência, quando não tem jeito de consertar. Nem de concertar.

E quando esperam que você continue lutando ‘para resolver os problemas do mundo’? Caramba! Minhas forças mal são suficientes para lutar por mim e por minha família. Como eu dizia para meus alunos, no final de minha carreira: Agora é a vez de vocês. Bem ou mal, está aí o mundo. Cabe a vocês melhorá-lo. Eu posso não ter ajudado muito, mas fiz o máximo que pude. Dei o melhor de mim. Como eu dizia aos meus alunos – tenho saudade deles – ninguém é obrigado a ser o melhor aluno da classe, mas tem obrigação de ser o melhor que pode ser. Posso não ter sido o melhor naquilo que fiz, mas fui o melhor que pude ser.

Ah se todos dessem o máximo de si para coisas boas! O mundo seria bem melhor, com certeza.
BAHIGE FADEL

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