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Rio Tietê: Liminar Determina que Estado Faça Plano Contra Poluição

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(Foto: Douglas Reis)

A Justiça atendeu ao pedido liminar da Promotoria do Meio Ambiente de Lins em ação civil pública e determinou que AES Tietê Energia S/A, Estado de São Paulo e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apresentem plano de trabalho com objetivo de acabar com a poluição das águas provocada por resíduos industriais e domésticos. Os réus já recorreram da decisão.

Na liminar, a justiça também obriga os envolvidos a promoverem o reflorestamento de toda a mata ciliar da bacia hidrográfica do Rio Tietê e seus tributários, compreendendo extensa área territorial, desde a barragem da usina hidrelétrica de Promissão até o reservatório formado pelas usinas Ibitinga e Barra Bonita, em razão da excessiva proliferação de algas, que impacta diretamente na qualidade da água.

De acordo com a sentença, no prazo de um ano, estado e Cetesb deverão identificar todas as fontes de lançamentos de resíduos industriais e domésticos sem tratamento ou com tratamento inadequado no Rio Tietê e seus tributários, localizados à montante de Sabino, determinando que os responsáveis adequem a conduta poluidora aos termos legais sob pena de multas, suspensão e interdição da atividade.

A decisão também prevê que, identificadas as fontes de lançamentos, seja estabelecido um cronograma de implantação de sistema de remoção de nutrientes, sobretudo o fósforo e o nitrogênio (principais fontes de alimentos das cianofíceas), com exigência para que as responsáveis adotem as medidas necessárias para que, no prazo máximo de cinco anos, os lançamentos destes nutrientes sejam interrompidos.

A liminar cobra, ainda, o monitoramento contínuo das fontes de poluição para que, sempre que forem detectados valores superiores aos máximos de cargas orgânicas permitidos na normatização ambiental, os responsáveis pelos lançamentos sejam imediatamente obrigados a se adequarem à legislação, com a imposição das penalidades cabíveis.

“A decisão, ainda que liminar, é mais uma vitória do Ministério Público (MP) na árdua batalha pela preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito das presentes e futuras gerações”, destaca a promotora Noêmia Damiance Karam.

ALGAS

O estado e a Cetesb também deverão estabelecer, em conjunto com a AES Tietê, e também no prazo máximo de seis meses, um plano de contingência para o controle e redução das cianobactérias nos reservatórios de Promissão, Ibitinga e Barra Bonita, sempre que atingirem níveis que coloquem em risco a saúde humana. Em até dois meses, a AES deverá iniciar o monitoramento do Rio Tietê e seus tributários na área em que opera, fazendo análises dos índices de fósforo e nitrogênio na água e contagem de cianobactérias, com coletas mensais, e informando os resultados à Cetesb com a mesma periodicidade, além de disponibilizar os dados em seu site.

A empresa também deverá apresentar, no prazo máximo de seis meses, projeto de reflorestamento de toda a mata ciliar dos reservatórios que opera ao longo do Rio Tietê, desde a cota máxima de operação até a linha direta de desapropriação, com prazo de cinco anos para o cumprimento da obrigação.

RESPOSTAS

Em nota, a Cetesb informou que já foi notificada sobre a decisão judicial e está recorrendo junto ao Poder Judiciário. A AES Tietê também disse que está apresentando os devidos recursos legais contra a decisão liminar e alega que a justiça deixou de apreciar seus argumentos. “A AES Tietê, concessionária de geração de energia elétrica, reconhece o seu papel como uma das usuárias do recurso hídrico e atende todas as condicionantes estabelecidas pelo órgão ambiental para desenvolvimento de suas atividades”, declara. “A busca pela preservação do Rio Tietê é de extrema importância. A AES Tietê possui diversos programas ambientais, como produção de mudas de árvores, soltura de peixes e reflorestamento, entre outras ações. No entanto, a AES Tietê não possui poder de polícia sobre as fontes de poluição do Rio Tietê, que passa pela Região Metropolitana de São Paulo, e não contribui para as causas da eutrofização do rio”.

 

JCNET

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Botucatu

Marcelo Sleiman espera ser vice de Fábio Leite

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O vereador Marcelo Sleiman (MDB) se colocou à disposição para o cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Leite (PSD) e comandada pelo Prefeito Pardini. A declaração foi feita no programa Botucast, da última quarta-feira (15).

Sleiman que compõs os governos João Cury e Mário Pardini, foi eleito vereador em 2020 e se coloca como um importante nome na disputa.

Assista ao episódio

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Botucatu

Botucast recebe Felipe Pugliese, do Projeto Rural Irmã Ceci, sábado

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O jornalista Felipe Pugliese, gestor do Projeto Rural Irmã Ceci, será entrevistado no Botucast deste sábado, às 14 horas.

A Associação de Mulheres Irmã Ceci é uma entidade sem fins lucrativos que desempenha um trabalho socioeducacional com crianças e adolescentes da Zona Rural de Botucatu. Reconhecidos com o título de utilidade pública municipal, eles têm como missão resgatar vidas e construir novas histórias.

Os pilares fundamentais do Projeto Rural Irmã Ceci são Saúde, Educação, Esporte, Agroecologia, Ação Social.

O Projeto Rural Irmã Ceci conta com o apoio da Secretaria Municipal da Educação de Botucatu, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e de doadores. Sua dedicação em transformar vidas e promover o bem-estar na comunidade é inspiradora.

 

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Botucatu

Cardiologista do HCFMB alerta para alto índice de morte por doenças cardiovasculares

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Dados recentes divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que cerca de 1.000 pessoas morrem por dia no Brasil em virtude de doenças cardiovasculares. Isso representa aproximadamente 400 mil mortes no país, o que torna este tipo de enfermidade a maior causadora de óbitos no Brasil.

Infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) são as doenças que mais matam no Brasil e no mundo. Doenças degenerativas do sistema nervoso, como alguns tipos de demência, e o câncer também têm em comum os mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares mais conhecidas.

“Chama a atenção o número de indivíduos jovens que têm sido acometidos por estas doenças, o que está ligado, principalmente, ao estilo de vida inadequado (sedentarismo, alimentação desregrada, tabagismo e abuso de álcool), o que difere dos indivíduos mais idosos, em que são observadas mais frequentemente as doenças crônicas”, lembra o médico cardiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Fábio Cardoso Carvalho.

Fatores de risco

Em relação às doenças cardiovasculares, há divisão em duas classes: os fatores não-modificáveis, que contemplam idade, sexo e fatores hereditários, e os fatores de risco modificáveis, que dizem respeito às doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial (que é o principal fator de risco para doença cardiovascular), diabetes do tipo 2, dislipidemia e obesidade,

“Devemos lembrar que poucas horas de sono e o estresse crônico também são importantes condições que podem colaborar com os fatores de risco chamados ““ clássicos”” para a ocorrência de doenças cardiovasculares”, afirma Carvalho.

Estimativas

Os dados nacionais apontam mais de 1.100 mortes por dia, mais de 45 por hora, uma morte a cada 90 segundos. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes em comparação a todos os tipos de cânceres juntos, duas vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que doenças respiratórias e mais de seis vezes que todas as infecções.

“Os indivíduos que sobrevivem a estes eventos terão maior incidência de insuficiência cardíaca, doenças renais, doenças degenerativas, câncer e outras doenças crônicas que irão afetar profundamente sua qualidade de vida e poderão desencadear uma série de outras complicações futuras que são potencialmente fatais”, pontua Fábio.

Cuidados e conscientização

A Associação Americana do Coração enumerou oito fatores relacionados à saúde cardiovascular. São quatro comportamentos ideais: dieta adequada, atividade física regular, sono de qualidade e ausência do tabagismo. E outros quatro fatores ideais, como índice de massa corpórea menor que 25 kg/m², colesterol total menor que 200 mg/dL, glicemia de jejum menor que 100 mg/dL, pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg e diastólica menor que 80 mmHg.

“É importante também analisar outros fatores individuais como saúde mental, presença de doenças, como ansiedade e depressão e o contexto familiar, cultural, econômico e social do indivíduo”, frisa o cardiologista do HCFMB.

Ainda segundo Fábio, cerca de 70% destas mortes poderiam ser evitadas com prevenção adequada e medidas terapêuticas. “Campanhas de conscientização sobre o problema, com informação e educação sobre o tema, podem ajudar a mudar este grave cenário”, finaliza.

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