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NORMALIDADE – artigo de Bahige Fadel

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NORMALIDADE

A pergunta que não quer calar é: Quando voltaremos à normalidade? Lamento dizer que, na minha opinião, que, aliás, ninguém pediu, mas, mesmo assim, eu a transmitirei, não haverá o retorno à normalidade naquele conceito tradicional. Cada um terá a sua nova forma de normalidade.

Por exemplo, no meu caso, o que seria voltar à normalidade? Seria eu recuperar o olfato? Cheiro agradável e desagradável? Seria eu sentir o gosto do maracujá quando tomar um suco de maracujá, e não um gosto estranho que não consigo definir? Seria eu recuperar toda a energia que tinha antes da COVID? Seria eu passar a caminhar com segurança, sem sentir essas tonturas que surgiram com esse destraçado vírus?

Ou seja, seria eu voltar a ser igualzinho ao que era antes de ser infectado pelo Corona vírus? Se for assim, sinceramente, acho que não terei de volta essa normalidade. Vou ter que me adaptar ao meu novo normal. Se eu não quiser sofrer, claro. Porque já fiz tudo que os médicos e os curiosos pediram, sem resultado algum. Assim, está decidido: o meu normal será o meu novo normal.

Mas eu não sou Todo Mundo. Todo Mundo é personagem do Auto da Lusitânia, de Gil Vicente: ‘Eu hei nome Todo o Mundo,/ e meu tempo todo inteiro/ sempre é buscar dinheiro, /e sempre nisto me fundo.’. Longe disso. E outras pessoas esperam por coisas diferentes nessa aguardada normalidade. O desempregado voltará à normalidade quando recuperar seu emprego ou quando conseguir outro emprego para sustentar-se. Estou certo? O promotor de espetáculos voltará à normalidade quando puder voltar a promover seus espetáculos. São o seu ganha-pão. Os carnavalescos voltarão à normalidade quando puderem realizar o seu carnaval sem limitações. As escolas voltarão à normalidade quando todos os alunos puderem voltar à sala de aula, sem precisarem usar a máscara protetora. O governo voltará à normalidade quando todas as atividades voltarem e a arrecadação se recuperar, para que possa realizar as atividades em favor do povo.

Eu sei o que você está pensando agora. Você deve estar achando que, desse jeito, nunca voltaremos à normalidade. Por quê? Só porque eu disse que será normal o governo realizar atividades em favor do povo? Que aí não será normalidade, mas novidade? Que a exceção nunca pode ser uma normalidade? Aí será maldade sua, cara pálida. Por incrível que pareça, eu ainda acho que há governos que desejam fazer coisas para beneficiar o povo. Juro! Conheço alguns. Naturalmente que não estou incluindo aquele que se aproveita da pandemia para tirar dinheiro dos aposentados e, depois, para tentar ficar mais simpático, visando às próximas eleições, resolve conceder um bônus para determinada classe. Não sou tão cego assim.

Quer saber? Posso não ter retornado à normalidade ainda, mas já me sinto bem mais leve, bem menos nervoso e inseguro. Espero que o mesmo esteja ocorrendo com você.

BAHIGE FADEL

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Botucatu

Mulher aprenda defesa pessoal com a OSC Renascer

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Um Convite para se Empoderar: Descubra a Defesa Pessoal em Botucatu!

Queridas mulheres de Botucatu e arredores,

É com grande entusiasmo e calor no coração que venho compartilhar com vocês uma oportunidade única de transformação pessoal e empoderamento: nosso projeto de defesa pessoal oferecido pela OSC Renascer em parceria com instrutores dedicados, sediado no Instituto Suman.

Imagine-se, se permita sonhar por um momento, entrando em uma jornada onde sua força interior é cultivada, sua confiança floresce e sua determinação se torna inabalável. É isso que nosso projeto busca proporcionar a todas vocês, mulheres incríveis que desejam assumir o controle de suas vidas de uma maneira nova e revigorante.

Quando olhamos para o mundo ao nosso redor, vemos desafios e ameaças que muitas vezes podem nos deixar inseguras e vulneráveis. Mas aqui, neste espaço seguro e acolhedor, oferecemos a vocês as ferramentas para enfrentar esses desafios de frente, com coragem e determinação.

Não se trata apenas de aprender a se defender fisicamente, embora isso seja uma parte importante. É sobre encontrar sua voz, descobrir sua força interior e aprender a se impor em qualquer situação. Desde a socialização até o empoderamento, passando pela melhoria da qualidade de vida, nosso projeto visa equipá-las com habilidades que transcendem o físico, alcançando o âmago de quem vocês são como mulheres fortes e resilientes.

Nossos instrutores, liderados pelo talentoso Antônio Mendes da Silva Junior, estão aqui não apenas para ensinar técnicas de autodefesa, mas para guiá-las em uma jornada de autoconhecimento e crescimento pessoal. Eles compartilham seu conhecimento não apenas com habilidades físicas, mas também com sabedoria prática para o dia a dia, para que vocês possam se sentir seguras e confiantes em todas as áreas de suas vidas.

E o melhor de tudo, nossas aulas são gratuitas e abertas a todas. Não deixem que preocupações financeiras ou compromissos ocupados impeçam vocês de participarem desta incrível oportunidade de se fortalecerem e se unirem a uma comunidade de mulheres determinadas a fazer a diferença em suas próprias vidas.

Então, minhas queridas, eu as convido a se juntarem a nós, às segundas-feiras às 19 horas, no Instituto Suman, na Rua Reverendo Francisco Lotufo, 444. Venham com mente aberta, corações corajosos e prontas para se tornarem as melhores versões de si mesmas.

Para mais informações e para confirmar sua participação, liguem para o número 14 99855-1836. Estamos ansiosos para recebê-las e testemunhar sua jornada de transformação e crescimento.

Com amor e determinação,

Isabel Conte Presidente da OSC Renascer

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O papel inestimável das Mães no desenvolvimento da Sociedade

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Por Isabel Rossi Conte

Neste Dia das Mães, é com grande honra e gratidão que me dirijo a todas as mães, não apenas como uma delas, mas como uma defensora apaixonada do papel fundamental que desempenhamos no desenvolvimento de uma sociedade mais justa, inclusiva e próspera.

Desde 1984, tenho tido a oportunidade de liderar e apoiar mulheres em suas jornadas como mães, cuidadoras e agentes de mudança em suas comunidades. Ao longo dos anos, testemunhei de perto a extraordinária influência e impacto que as mães têm no desenvolvimento não apenas de seus próprios filhos, mas também de toda uma sociedade.

As mães são as primeiras educadoras, as primeiras protetoras e as primeiras provedoras de amor e segurança para seus filhos. Desde o momento em que nascem, nossos filhos são envolvidos por nosso cuidado e afeto, moldando não apenas suas personalidades, mas também seus valores e visão de mundo. Somos os primeiros exemplos de empatia, compaixão e resiliência que eles conhecem, e é através de nossas ações diárias que transmitimos esses valores essenciais para as gerações futuras.

Além disso, as mães desempenham um papel crucial como catalisadoras de mudanças em suas comunidades. Somos líderes naturais, defensoras incansáveis e agentes de transformação em busca de um mundo melhor para nossos filhos e para todas as crianças. Ao nos unirmos, podemos enfrentar desafios como a desigualdade de gênero, a falta de acesso à educação e saúde, e a injustiça social, trabalhando juntas para criar oportunidades e igualdade para todos.

É importante reconhecer que o papel das mães vai muito além de apenas criar e educar os filhos. Somos líderes, empreendedoras, defensoras dos direitos humanos e agentes de mudança em nossas comunidades. Somos as forças motrizes por trás de movimentos sociais, organizações sem fins lucrativos e iniciativas de base que buscam promover a justiça social, a igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável.

Neste Dia das Mães, gostaria de estender minha mais profunda gratidão a todas as mães que, com amor, coragem e dedicação, estão moldando o futuro de nossas sociedades. Que possamos continuar a inspirar, apoiar e fortalecer umas às outras, em busca de um mundo onde todas as crianças possam crescer felizes, saudáveis e seguras.

Que este Dia das Mães seja uma celebração não apenas do amor incondicional que damos aos nossos filhos, mas também do poder transformador que possuímos como mães e como líderes de nossas comunidades. Que possamos continuar a semear sementes de esperança, justiça e igualdade, guiadas pelo amor e pela determinação de criar um mundo melhor para todos.

Com gratidão e esperança,

Isabel Rossi Conte Mãe, Presidente da OSC Renascer Liderança das Mulheres desde 1984

Siga: https://www.instagram.com/isabelrossiconte/

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Franqueza, artigo de Bahige Fadel

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FRANQUEZA

Vamos ser francos, salvo algumas exceções, a vida nunca esteve muito fácil. Se a gente quer conquistar alguma coisa, tem que ralar. Foi assim antes; é assim agora. Ganhar o grande prêmio da loteria é para alguns, que a gente só ouviu falar. Conhecer mesmo, raramente. Receber uma vultosa herança, pra não ter que fazer nada o resto da vida parece ser coisa virtual, não real. A gente vê essas coisas em filmes de ficção ou em notícias de fatos que ocorrem na Terra do Nunca. Nunca em nossa casa ou vizinhança.

Comigo foi assim. Com você também deve ter sido desse jeito, caro leitor. Você se arrebenta num trabalho, num projeto, que pode ou não dar certo. Se não dá certo, sua fama de incompetente rola o mundo. ‘Eu já sabia…’

Todos já sabiam, menos você. ‘Eu bem que avisei aquele cara de que ele daria cabeçada.’ Todos avisaram, só que deve ter sido em outra língua, porque você nunca ouviu coisa alguma. E o pior é quanto aparece aquele iluminado: ‘Se ele tivesse me ouvido. Eu tenho experiência nesse caso.’ Quando aparece alguém oferecendo ajuda, você fica desconfiado. Será que é ajuda ou é interesse?

Mas se a coisa dá certo, raramente vem um elogio. Ainda bem que o advérbio é raramente, e não nunca. A gente tem que ser justo. A gente não está totalmente só e abandonado neste mundo. Mas como eu ia dizendo, se a coisa dá certo, vêm línguas de trapo inconformadas. ‘Mas que cara de sorte! Nasceu com aquilo voltado pra lua!’ Você planeja, analisa prós e contras, avalia, trabalha que nem escravo e consegue aquilo que projetou. Ótimo! A conclusão é ‘cara de sorte’. Sorte é o… Vamos deixar pra lá. Isso é pior que coice de mula. Melhor não enfrentar. Os danos serão terríveis. Desviar é a solução.

Pior de tudo é quando começa a ter a certeza de que algumas lutas ao longo de sua vida foram inúteis. Você cansou, feriu-se, arranjou alguns inimigos, e o resultado de tudo foi o fato de cansar-se, ferir-se e arranjar inimigos. O resto ficou tudo igual. Quer dizer: pra que serviram essas lutas? Pra não resolver coisa alguma. Pena que a gente perceba isso mais tarde, com a experiência, quando não tem jeito de consertar. Nem de concertar.

E quando esperam que você continue lutando ‘para resolver os problemas do mundo’? Caramba! Minhas forças mal são suficientes para lutar por mim e por minha família. Como eu dizia para meus alunos, no final de minha carreira: Agora é a vez de vocês. Bem ou mal, está aí o mundo. Cabe a vocês melhorá-lo. Eu posso não ter ajudado muito, mas fiz o máximo que pude. Dei o melhor de mim. Como eu dizia aos meus alunos – tenho saudade deles – ninguém é obrigado a ser o melhor aluno da classe, mas tem obrigação de ser o melhor que pode ser. Posso não ter sido o melhor naquilo que fiz, mas fui o melhor que pude ser.

Ah se todos dessem o máximo de si para coisas boas! O mundo seria bem melhor, com certeza.
BAHIGE FADEL

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