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Botucatu

FMB desenvolve novo método para diagnóstico da Osteoporose

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Estudo desenvolvido pela FMB prevê realização de raio-X para detecção da doença.
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) permitiu a descoberta de uma nova técnica de diagnóstico da osteoporose, doença caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. O projeto teve início no ano de 2013 e está em fase de conclusão.
O novo método é capaz de reduzir custos para o Sistema Único de Saúde (SUS), diminuir a fila de espera para realização do exame que identifica a osteoporose e prever possíveis fraturas em idosos, população acometida pela doença.
O diagnóstico da osteoporose é feito por um exame chamado densitometria óssea. “O paciente é posicionado no aparelho para medição da massa óssea em duas regiões com maior incidência de fratura: o quadril e a coluna”, explica o professor da FMB e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da técnica, Dr. Evandro Palacio. “A partir do exame podemos realizar uma estimativa para saber quais as chances de o paciente sofrer uma fratura”, complementa.
Segundo dados de 2016 do DATASUS, a fila de espera para se realizar o procedimento (densitometria óssea) no Departamento Regional de Saúde em que Botucatu está inserido (DRS VI – Bauru) é de dois anos e sete meses. O valor do exame é de R$ 400,00.
A descoberta
A nova técnica de diagnóstico da osteoporose é fruto do trabalho de pós-doutorado do professor Evandro Palacio e tem supervisão da professora Érika Veruska Paiva Ortolan, ambos do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da FMB. “Nosso maior desafio era justamente encontrar uma maneira mais fácil, mais barata e mais rápida de se realizar o diagnóstico da osteoporose e, consequentemente, diminuir os custos decorrentes das fraturas por ela causadas. Este é o objetivo do estudo”, frisa a professora Érika V. P. Ortolan.
A pesquisa já conta com 493 participantes, mulheres acima de 60 anos, que nunca se submeteram a qualquer tratamento para osteoporose e sem história de fraturas prévias. “Primeiramente, as participantes foram submetidas ao exame de densitometria, que serviram como controles; em seguida, elas realizaram uma radiografia simples do quadril, por meio das quais aplicamos algumas fórmulas matemáticas”, lembra o docente. “A partir de então, pudemos comparar os resultados dos dois exames e buscar uma possível ligação entre eles. Ficamos muito animados quando observamos que existia uma forte correlação entre os exames, ou seja, por meio de uma simples radiografia conseguimos apontar a presença ou não de osteoporose nas participantes”, explica professor Evandro.
Um dos aspectos diferenciais do estudo é que enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, estudantes e profissionais da área da saúde poderão utilizar este novo método para diagnosticar a osteoporose, não sendo necessário que os pacientes sejam consultados por um médico especialista da área. “Pacientes que vivem nas mais remotas regiões do país, na Amazônia, por exemplo, poderão saber se sofrem ou não de osteoporose, livrando-se de fraturas, sem terem que se deslocar para os grandes centros urbanos”, complementa professora Érika.
“O diagnóstico inicial da doença será feito por uma simples radiografia, sem que o SUS tenha que gastar R$ 400,00 (valor aproximado da densitometria óssea). Uma radiografia simples do quadril custa, aproximadamente, R$ 50,00”, destaca professor Evandro.
Sobre a Osteoporose
Não é um problema que atinge somente as mulheres. Ela afeta também os homens. É uma doença que se origina de forma silenciosa. Quando os primeiros sinais aparecem, a doença já está em fase avançada, causando fraturas espontâneas dos ossos acometidos, que acabam por não suportar traumas mínimos ou esforços, por menores que sejam.
As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna, como as corcundas características dos idosos, e à diminuição da estatura, além das fraturas do colo do fêmur, punho e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.
Abandonar hábitos prejudiciais, como o fumo e o álcool, caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a doença.
 
FMB

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Marcelo Sleiman espera ser vice de Fábio Leite

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O vereador Marcelo Sleiman (MDB) se colocou à disposição para o cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Leite (PSD) e comandada pelo Prefeito Pardini. A declaração foi feita no programa Botucast, da última quarta-feira (15).

Sleiman que compõs os governos João Cury e Mário Pardini, foi eleito vereador em 2020 e se coloca como um importante nome na disputa.

Assista ao episódio

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Botucatu

Botucast recebe Felipe Pugliese, do Projeto Rural Irmã Ceci, sábado

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O jornalista Felipe Pugliese, gestor do Projeto Rural Irmã Ceci, será entrevistado no Botucast deste sábado, às 14 horas.

A Associação de Mulheres Irmã Ceci é uma entidade sem fins lucrativos que desempenha um trabalho socioeducacional com crianças e adolescentes da Zona Rural de Botucatu. Reconhecidos com o título de utilidade pública municipal, eles têm como missão resgatar vidas e construir novas histórias.

Os pilares fundamentais do Projeto Rural Irmã Ceci são Saúde, Educação, Esporte, Agroecologia, Ação Social.

O Projeto Rural Irmã Ceci conta com o apoio da Secretaria Municipal da Educação de Botucatu, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e de doadores. Sua dedicação em transformar vidas e promover o bem-estar na comunidade é inspiradora.

 

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Botucatu

Cardiologista do HCFMB alerta para alto índice de morte por doenças cardiovasculares

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Dados recentes divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que cerca de 1.000 pessoas morrem por dia no Brasil em virtude de doenças cardiovasculares. Isso representa aproximadamente 400 mil mortes no país, o que torna este tipo de enfermidade a maior causadora de óbitos no Brasil.

Infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) são as doenças que mais matam no Brasil e no mundo. Doenças degenerativas do sistema nervoso, como alguns tipos de demência, e o câncer também têm em comum os mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares mais conhecidas.

“Chama a atenção o número de indivíduos jovens que têm sido acometidos por estas doenças, o que está ligado, principalmente, ao estilo de vida inadequado (sedentarismo, alimentação desregrada, tabagismo e abuso de álcool), o que difere dos indivíduos mais idosos, em que são observadas mais frequentemente as doenças crônicas”, lembra o médico cardiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Fábio Cardoso Carvalho.

Fatores de risco

Em relação às doenças cardiovasculares, há divisão em duas classes: os fatores não-modificáveis, que contemplam idade, sexo e fatores hereditários, e os fatores de risco modificáveis, que dizem respeito às doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial (que é o principal fator de risco para doença cardiovascular), diabetes do tipo 2, dislipidemia e obesidade,

“Devemos lembrar que poucas horas de sono e o estresse crônico também são importantes condições que podem colaborar com os fatores de risco chamados ““ clássicos”” para a ocorrência de doenças cardiovasculares”, afirma Carvalho.

Estimativas

Os dados nacionais apontam mais de 1.100 mortes por dia, mais de 45 por hora, uma morte a cada 90 segundos. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes em comparação a todos os tipos de cânceres juntos, duas vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que doenças respiratórias e mais de seis vezes que todas as infecções.

“Os indivíduos que sobrevivem a estes eventos terão maior incidência de insuficiência cardíaca, doenças renais, doenças degenerativas, câncer e outras doenças crônicas que irão afetar profundamente sua qualidade de vida e poderão desencadear uma série de outras complicações futuras que são potencialmente fatais”, pontua Fábio.

Cuidados e conscientização

A Associação Americana do Coração enumerou oito fatores relacionados à saúde cardiovascular. São quatro comportamentos ideais: dieta adequada, atividade física regular, sono de qualidade e ausência do tabagismo. E outros quatro fatores ideais, como índice de massa corpórea menor que 25 kg/m², colesterol total menor que 200 mg/dL, glicemia de jejum menor que 100 mg/dL, pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg e diastólica menor que 80 mmHg.

“É importante também analisar outros fatores individuais como saúde mental, presença de doenças, como ansiedade e depressão e o contexto familiar, cultural, econômico e social do indivíduo”, frisa o cardiologista do HCFMB.

Ainda segundo Fábio, cerca de 70% destas mortes poderiam ser evitadas com prevenção adequada e medidas terapêuticas. “Campanhas de conscientização sobre o problema, com informação e educação sobre o tema, podem ajudar a mudar este grave cenário”, finaliza.

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