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Botucatu

Artigo: No Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, a vitória é do diagnóstico precoce

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Dr.ª Manuella, vestida com jaleco branco, durante atendimento a paciente em 2021

Leucemias, linfomas e tumores que afetam o sistema nervoso central são os tipos de câncer mais frequentes nesta faixa etária

Desde 2002, o dia 15 de fevereiro se tornou uma data mundialmente marcada pela informação e conscientização. Idealizado pela Childhood Cancer International (CCI), o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil tem o intuito de trazer educação em saúde sobre a doença que pode atingir milhares de crianças nos próximos anos, além de mostrar apoio aos pequenos pacientes e seus familiares espalhados pelo mundo.

Somente no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), há uma estimativa de 704 mil novos casos oncológicos por ano entre 2023 e 2025 e, neste total, estão incluídos os diagnósticos em crianças. O mesmo órgão governamental aponta que as leucemias (que atingem os glóbulos brancos), os linfomas (sistema linfático) e os tumores que afetam o sistema nervoso central são os mais frequentes durante a infância e a adolescência dos indivíduos.

De acordo com a médica oncologista pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Dr.ª Manuella Pacífico de Freitas Segredo, os principais sinais e sintomas do câncer infanto-juvenial são febre, emagrecimento, palidez cutânea – mucosa, dores ósseas e musculares, dores de cabeça, tontura, vômitos e manchas roxas pelo corpo. “Por serem sinais e sintomas presentes em doenças mais comuns no paciente pediátrico, o diagnóstico frequentemente é tardio, o que pode acarretar inúmeras consequências desfavoráveis para crianças e adolescentes”.

Ao longo de 2022, o Ambulatório de Oncologia do Hospital Estadual Botucatu (HEBo) recebeu cerca de 31 casos novos de Botucatu e das regiões do Pólo Cuesta e Vale do Jurumirim, sendo 1.325 consultas e 754 sessões de quimioterapia. O processo de tratamento do câncer infantil evoluiu nas últimas décadas com o surgimento de novas técnicas e de centros especializados. “Com o avanço da terapia multimodal e multiprofissional, as taxas de cura giram em torno de 70%”, aponta a médica.

A taxa de sobrevida / cura do câncer infantil aumenta de forma significativa com o diagnóstico precoce da doença e a capacitação do maior número de pessoas possível para a identificação de sinais e sintomas de alerta nas crianças.

Por isso, desde 2020, a campanha McDia Feliz em Botucatu, coordenada pela Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) em parceria com o HCFMB, volta a sua arrecadação anual para propagar a conscientização sobre o diagnóstico precoce.

Em 2020 e 2021, o valor arrecadado foi investido na capacitação de profissionais de Saúde do Pólo Cuesta e do Vale do Jurumirim no combate ao câncer infantojuvenil. Já no ano passado, o Projeto Diagnóstico Precoce – Um Caminho para Cura foi o beneficiado, visando à capacitação de profissionais da educação da rede municipal de ensino de Botucatu e de alunos da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB | Unesp) no diagnóstico precoce.

Coordenador do McDia Feliz em Botucatu e Gerente de Relações Institucionais do HCFMB, Augusto Cesar Albano indica os próximos passos do processo de capacitação e reforça que as iniciativas acontecem graças aos recursos obtidos na campanha. “Neste ano, iremos sensibilizar toda a rede municipal de ensino de Botucatu e, em 2024, caso nosso projeto seja aprovado pelo Instituto Ronald McDonald’s, continuaremos a capacitação de mais 300 alunos de Medicina e Enfermagem de outras instituições de ensino na nossa região e na Grande São Paulo. Assim, fortalecemos nossa rede desde a ponta, que são as escolas e postos de saúde, até chegar aos grandes hospitais de tratamento. Tudo isso pode ser realizado por conta da participação de pessoas que acreditam no nosso trabalho e na transformação de vidas”, encerra.

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Botucatu

Marcelo Sleiman espera ser vice de Fábio Leite

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O vereador Marcelo Sleiman (MDB) se colocou à disposição para o cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Leite (PSD) e comandada pelo Prefeito Pardini. A declaração foi feita no programa Botucast, da última quarta-feira (15).

Sleiman que compõs os governos João Cury e Mário Pardini, foi eleito vereador em 2020 e se coloca como um importante nome na disputa.

Assista ao episódio

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Botucatu

Botucast recebe Felipe Pugliese, do Projeto Rural Irmã Ceci, sábado

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O jornalista Felipe Pugliese, gestor do Projeto Rural Irmã Ceci, será entrevistado no Botucast deste sábado, às 14 horas.

A Associação de Mulheres Irmã Ceci é uma entidade sem fins lucrativos que desempenha um trabalho socioeducacional com crianças e adolescentes da Zona Rural de Botucatu. Reconhecidos com o título de utilidade pública municipal, eles têm como missão resgatar vidas e construir novas histórias.

Os pilares fundamentais do Projeto Rural Irmã Ceci são Saúde, Educação, Esporte, Agroecologia, Ação Social.

O Projeto Rural Irmã Ceci conta com o apoio da Secretaria Municipal da Educação de Botucatu, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e de doadores. Sua dedicação em transformar vidas e promover o bem-estar na comunidade é inspiradora.

 

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Botucatu

Cardiologista do HCFMB alerta para alto índice de morte por doenças cardiovasculares

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Dados recentes divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que cerca de 1.000 pessoas morrem por dia no Brasil em virtude de doenças cardiovasculares. Isso representa aproximadamente 400 mil mortes no país, o que torna este tipo de enfermidade a maior causadora de óbitos no Brasil.

Infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) são as doenças que mais matam no Brasil e no mundo. Doenças degenerativas do sistema nervoso, como alguns tipos de demência, e o câncer também têm em comum os mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares mais conhecidas.

“Chama a atenção o número de indivíduos jovens que têm sido acometidos por estas doenças, o que está ligado, principalmente, ao estilo de vida inadequado (sedentarismo, alimentação desregrada, tabagismo e abuso de álcool), o que difere dos indivíduos mais idosos, em que são observadas mais frequentemente as doenças crônicas”, lembra o médico cardiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Fábio Cardoso Carvalho.

Fatores de risco

Em relação às doenças cardiovasculares, há divisão em duas classes: os fatores não-modificáveis, que contemplam idade, sexo e fatores hereditários, e os fatores de risco modificáveis, que dizem respeito às doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial (que é o principal fator de risco para doença cardiovascular), diabetes do tipo 2, dislipidemia e obesidade,

“Devemos lembrar que poucas horas de sono e o estresse crônico também são importantes condições que podem colaborar com os fatores de risco chamados ““ clássicos”” para a ocorrência de doenças cardiovasculares”, afirma Carvalho.

Estimativas

Os dados nacionais apontam mais de 1.100 mortes por dia, mais de 45 por hora, uma morte a cada 90 segundos. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes em comparação a todos os tipos de cânceres juntos, duas vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que doenças respiratórias e mais de seis vezes que todas as infecções.

“Os indivíduos que sobrevivem a estes eventos terão maior incidência de insuficiência cardíaca, doenças renais, doenças degenerativas, câncer e outras doenças crônicas que irão afetar profundamente sua qualidade de vida e poderão desencadear uma série de outras complicações futuras que são potencialmente fatais”, pontua Fábio.

Cuidados e conscientização

A Associação Americana do Coração enumerou oito fatores relacionados à saúde cardiovascular. São quatro comportamentos ideais: dieta adequada, atividade física regular, sono de qualidade e ausência do tabagismo. E outros quatro fatores ideais, como índice de massa corpórea menor que 25 kg/m², colesterol total menor que 200 mg/dL, glicemia de jejum menor que 100 mg/dL, pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg e diastólica menor que 80 mmHg.

“É importante também analisar outros fatores individuais como saúde mental, presença de doenças, como ansiedade e depressão e o contexto familiar, cultural, econômico e social do indivíduo”, frisa o cardiologista do HCFMB.

Ainda segundo Fábio, cerca de 70% destas mortes poderiam ser evitadas com prevenção adequada e medidas terapêuticas. “Campanhas de conscientização sobre o problema, com informação e educação sobre o tema, podem ajudar a mudar este grave cenário”, finaliza.

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