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Botucatu

Tamanduá-mirim albino é flagrado em condomínio em Botucatu

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Registro impressionou moradores de Botucatu, cidade que abriga área remanescente de Cerrado; projeto procura agora o animal para monitoramento.

A região de Botucatu (SP) é casa para dois biomas ameaçados do Brasil: a Mata Atlântica e o Cerrado. A cidade comporta uma transição desses domínios naturais que oferece uma enorme biodiversidade de plantas e bichos.

Os tamanduás, que preferem os campos mais abertos, são comuns por lá. De acordo com um levantamento feito pelo Projeto de Conservação do Tamanduá-Bandeira de Botucatu, do Instituto de Defesa da Fauna e o Instituto Cuesta Selvagem, cerca de 80% dos moradores da área rural da cidade avistaram pelo menos um tamanduá em um período de 10 dias.

Geralmente é o bandeira (Myrmecophaga tridactyla) que aparece, já que o mirim (Tamandua tetradactyla), por ser menor e apresentar hábitos noturnos, costuma se esconder dos olhos e das lentes. Mas, se avistar esse pequenino já não é fácil, imagina só encontrar com um indivíduo albino?

De acordo com a médica veterinária Flávia Miranda, presidente do Instituto Tamanduá, a coloração da mucosa e os olhos vermelhos confirmam que é um animal albino. “O registro é raríssimo, há poucos relatos de tamanduás-mirins com essa mutação. Inclusive estou orientando a aluna brasileira de pós-doutorado Cintia Povill que está estudando na Alemanha o genoma dos tamanduás-mirins para entender melhor essas diferenças genéticas”.

Essa mutação genética, por exemplo, que causa a ausência de melanina no corpo, pode ocorrer por diversos fatores e, infelizmente, nesse caso, pode ter relação com a perda de hábitat da espécie.

“A gente tem 1% do Cerrado no estado de SP e isso pode criar uma situação em que a população dos tamanduás diminui junto com o habitat, causando o que chamamos de endogamia, que é quando há cruzamentos entre animais com graus de parentesco. Isso tudo pode ocasionar o aumento de chances de ocorrer o albinismo, mas é somente uma hipótese, já que não há um estudo genético nesses animais aqui da cidade”, explica o médico veterinário Rogério Loesch, que é do pelo Projeto de Conservação do Tamanduá-Bandeira de Botucatu.

De toda forma, a perda do hábitat gera diversos outros problemas para as espécies de tamanduás, que precisam de proteção. O projeto está trabalhando em um levantamento da quantidade de tamanduás-bandeiras e mirins da cidade para o planejamento de políticas públicas.

Em relação ao animal albino flagrado essa semana, o projeto colocará esforços de campo na região para tentar localizar o tamanduá. O objetivo é monitorar a área e obter, com o ICMBio, uma autorização para a captura. “Caso isso aconteça, nossa equipe coletará material genético para estudo no próprio local que o encontrarmos. Não levaremos para cativeiro, queremos ele solto e na natureza”, finaliza Loesch.

Fonte: G1

 

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Botucatu

NAPE atua na inclusão da comunidade surda em Botucatu

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Hoje, 24 de abril, é celebrada uma data muito importante para a inclusão e a valorização da diversidade no Brasil: o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. Essa data marca a sanção da Lei nº 10.436/02, que reconheceu oficialmente a Libras como meio legal de comunicação e expressão para a comunidade surda.

Em Botucatu, o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado (NAPE) “Alcyr de Oliveira” tem sido essencial para essa temática. O Núcleo oferece cursos gratuitos de Libras para a comunidade em geral, incentivando o aprendizado dessa língua rica e fundamental para a comunicação inclusiva.

Em paralelo ao trabalho realizado com a população em geral, a Secretaria Municipal de Educação e o NAPE mantêm uma parceria na inserção de intérpretes de Libras nas escolas, que atuam diretamente nas salas de aula com os alunos surdos da Rede Municipal de Ensino. Também foi iniciado um trabalho de atendimento em horário extraescolar para esses alunos, com o objetivo de ampliar o vocabulário e desenvolver ainda mais a fluência em sua língua materna (Libras).

Mais do que uma celebração, o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais é um convite à reflexão. Ainda há muitas barreiras enfrentadas pelas pessoas surdas, e é nosso dever como sociedade buscar constantemente formas de promover mais acessibilidade, respeito e inclusão, afinal, a inclusão começa com a comunicação!

NAPE – Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado “Alcyr de Oliveira”
Endereço: Rua Amando de Barros, 1520, Centro
Telefone: (14) 3811-3061, (14) 99731-0754

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Botucatu

Turismo abre inscrições para Feira Turística do Dia das Mães

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Este evento promete oferecer o melhor do artesanato local e uma variedade de atrações musicais e artísticas ao longo do dia

A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria de Turismo, informa que está com inscrições abertas para a Feira Turística de Dia das Mães, que será realizada no dia 10 de maio (sábado), das 9 às 17 horas, na Praça Isabel Arruda – Centro.

As inscrições para artesãos, expositores, serviços gastronômicos e turísticos devem ser feitas através DESTE LINK e seguem até as 23h59 do dia 27 de abril (domingo).

https://forms.gle/iY949voNYkvGFzjs6

Caso o número de inscritos ultrapasse a capacidade física da praça, será feito um sorteio no dia 28 de abril e as pessoas sorteadas serão notificadas no dia 29 de abril. A reunião de alinhamento com todos os selecionados para participarem da feira está agendada para o dia 06 de maio.

Mais informações:

E-mail: turismo@botucatu.sp.gov.br,

Telefone: (14) 3811-1490

WhatsApp: (14) 99790-6691

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Botucatu

EMA celebra 20 anos dedicados à educação ambiental

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A Escola do Meio Ambiente (EMA) de Botucatu completou no último sábado, 12 de abril, seus 20 anos de dedicação à educação ambiental em Botucatu. Desde 2005a EMA tem sido um espaço dedicado à conscientização ambiental que proporciona experiências transformadoras para crianças, jovens e adultos.

Vinculado à Secretaria de Educação, a EMA se tornou referência no município, promovendo conhecimento e encantamento por meio de trilhas, atividades ao ar livre e vivências na natureza.

Localizada no Jardim Aeroporto, a Escola do Meio Ambiente está inserida em um ecótono, uma zona de transição entre dois importantes biomas brasileiros: a Mata Atlântica e o Cerrado. Além disso, a área abriga nascentes do Ribeirão Lavapés e a Represa Professor Jorge Jim, reforçando sua importância para a preservação dos recursos hídricos da cidade.

Para celebrar os 20 anos de educação e conscientização ambiental, foi plantado um jequitibá-branco, árvore símbolo de Botucatu, em uma cerimônia na última quarta-feira, 16 de abril.

“Nesses vinte anos, nossa missão sempre foi a de estabelecer um vínculo amoroso entre nossos visitantes e a EMA, afinal, infinito é o valor da vida. Que os próximos anos sigam sendo de encantamento, de transformação e de profunda conexão com tudo o que vive”, destacou a professora Eliana Gabriel, diretora da Escola do Meio Ambiente.

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