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Secretaria de Agricultura dispõe de recursos para produtores rurais afetados com variações climáticas

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Ao consumir alimentos diariamente, a grande maioria das pessoas não se dá conta de que cultivar esse tipo de produto não é uma tarefa fácil. Além de dominar as técnicas de plantio e colheita, o produtor rural precisa, ainda, se preocupar com um fator externo à sua responsabilidade: o clima. Excesso de chuva ou a falta dela podem causar grandes perdas na plantação e consequentes prejuízos financeiros para aquele que depende do campo. Ações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo, como o apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e recursos como o do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), auxiliam os produtores a fim de que o estrago causado por uma variação climática não impeça o homem e a mulher do campo de continuarem na atividade.

A maioria das culturas demora mais de seis meses para ser finalizada; dessa forma, é comum um produtor perder 100% da produção em decorrência de eventos climáticos, como o que ocorreu em fevereiro deste ano com Raul Modenese, produtor de alface em estufa no município de Boa Esperança do Sul. “O calor excessivo ocasiona queimadura nas pontas das folhas de alface, os pés ficam pequenos e as alfaces americanas não formam a cabeça”, explicou o produtor. Com isso, a alface não tem valor de mercado e o produtor fica no prejuízo.

Na cidade de Matão, o clima quente prejudicou a plantação de tomate, milho e soja para alguns homens do campo. O produtor Marcos Mendes teve 20% de perda de seus tomates e o agricultor Luiz Canônico Júnior, produtor de milho, perdeu 25% da produção. De acordo com Erica Ybarra Tannuri de Godoy, engenheira agrônoma da CATI Regional Araraquara, algumas medidas podem contribuir para que o produtor reduza o tamanho do prejuízo. “Grandes plantios de grãos e frutas não irrigados, que sofram estresse da falta de água, se adubados com equilíbrio, podem sofrer menos com a seca. Mas da forma que o clima está, ainda sofrerão perdas”, disse. “No caso de olerícolas, podemos melhorar o manejo do ambiente com quebra-ventos, altura de estufas e plantios em sombrites, adubação adequada, entre outras técnicas”, afirmou. As alternativas mencionadas por Erica, entre outras orientações, podem ser obtidas com o corpo técnico da CATI em um trabalho de extensão rural contínuo.

Granizo – prejuízo de quase R$ 2 milhões na região de Guaratinguetá
Se por um lado o calor em excesso ocasiona prejuízos, por outro a precipitação traz, além de muita água, grandes perdas. A região de Guaratinguetá é a maior produtora de arroz do Estado, responsável por 40% de todo o grão produzido em São Paulo e que alimenta milhões de consumidores.
Os 52 agricultores da Cooperativa dos Produtores de Arroz do Vale do Paraíba (Coopavalpa) sentiram na pele e no campo os efeitos da intensa chuva de granizo que caiu em janeiro e, mais recentemente, em fevereiro na região. “No caso do arroz irrigado, os produtores afetados tiveram perdas que prejudicaram a perspectiva de receita no montante aproximado a R$ 1,7 milhão. No município de Canas, as perdas de receitas estão próximas a R$ 250 mil, referentes a oito hectares de hortaliças”, informou Jovino Ferreira Neto, diretor da CATI Regional Guaratinguetá.

Rodolfo Kodel Neto, produtor de arroz há 40 anos, afirmou que deixará de comercializar cerca de três mil sacas na safra atual. “É um prejuízo de, aproximadamente, R$ 160 mil”, lamentou. Vinícius Sampaio do Nascimento, engenheiro agrônomo da CATI Regional Guaratinguetá, disse que tem orientado os produtores afetados a investirem no plantio em segunda planta, aproveitando a época ainda oportuna para novo plantio. “Outra medida que a CATI Regional Guaratinguetá está tomando é fazer o levantamento de perdas, buscando assessorar a Coopavalpa por meio de uma política pública conhecida como custeio emergencial, que pode ser viabilizada pelo Feap”, disse.

A ajuda que pode salvar o produtor
De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de São Paulo representa cerca de 20% do PIB do Brasil. Dentro desse montante, estão os produtores de arroz prejudicados após a chuva de granizo. O dispositivo de custeio emergencial, citado pelo engenheiro agrônomo da CATI Regional Guaratinguetá, pode ser obtido seguindo algumas regras, conforme explicou Fernando Penteado, secretário-executivo do Feap. “A CATI faz um relatório completo de perdas das culturas afetadas, do prejuízo causado, da quantidade de produtores, além de outras informações técnicas. Esse documento é encaminhado para a SAA e precisa ser aprovado pelo Conselho do Feap”, disse Fernando. Caso seja viabilizado, o recurso emprestado pelo Fundo pode ser usado para cobrir parte dos prejuízos. Segundo Fernando, o custeio emergencial já foi utilizado por outras regiões, como por exemplo a do Alto Pardo Paulista; nos municípios de Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Itobi, São José do Rio Pardo e São Sebastião da Grama; que conseguiu cerca de R$ 3 milhões.

Seguro Rural
Além disso, há o Seguro Rural, por meio do qual o produtor pode minimizar as perdas e recuperar parte do capital investido na lavoura. Ao contratar o benefício, o agricultor pode optar pelas modalidades agrícola, pecuária, de florestas e aquícola, com limite de subvenção de R$ 25 mil por beneficiário.

O produtor paulista interessado deve procurar uma corretora de seguros ou agência do Banco do Brasil para, no ato da contratação do seguro rural, solicitar a subvenção via empresas seguradoras credenciadas. O benefício será concedido por intermédio das companhias seguradoras, mediante a dedução do montante correspondente ao valor da subvenção estadual do prêmio de seguro rural a ser pago pelo produtor. Para mais informações, entre em contato com a Casa da Agricultura do seu município:http://www.cati.sp.gov.br/portal/institucional/enderecos

Rede Data Clima
A SAA, por meio da CATI, em parceria com o Instituto Agronômico (IAC) de Campinas, com apoio logístico da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e suporte financeiro do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), opera, desde 2010, com a Rede Data Clima, um sistema on-line de informações agrometeorológicas que oferece suporte à agricultura paulista. O sistema disponibiliza informações sobre o comportamento climático em mais de 100 localidades no Estado.

O sistema é capaz de informar características e anomalias meteorológicas sobre a agricultura e recursos hídricos, como seca, estresse térmico, balanços hídricos semanais e prognósticos dessa situação em escala de até 20 semanas, permitindo uma avaliação no Estado.
A ferramenta amplia os horizontes para a aplicação prática dos dados meteorológicos brutos, permitindo a consulta por parte de técnicos da CATI e produtores rurais para manejo agrícola, previsão de plantio e colheita em função das características de cada região paulista. Os dados podem ser acessados no link http://201.82.2.13/ema/.

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Botucatu

Reta Rápido emite nota oficial sobre greve

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Nota à imprensa – Reta Rápido

A Reta Rápido Transportes Ltda. vem a público lamentar e esclarecer os fatos referentes à greve abusiva deflagrada por parte de seus funcionários no dia de hoje (12).

Nota de Esclarecimento
Botucatu, 12 de junho de 2025
A Reta Rápido Transportes Ltda. vem a público lamentar e esclarecer os fatos referentes à greve abusiva deflagrada por parte de seus funcionários no dia de hoje.
É fundamental ressaltar que a Reta Rápido Transportes jamais se negou a negociar com o Sindicato da categoria. Pelo contrário, as tratativas para buscar uma solução consensual estão em andamento contínuo. Prova disso é a audiência já designada para o dia 13 de junho de 2025 no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15), onde a empresa espera avançar nas negociações e resolver o impasse.
Apesar da disposição da empresa em dialogar, presenciamos com grande preocupação a conduta inaceitável de parte dos trabalhadores, que, de forma deliberada, murcharam os pneus dos ônibus, impedindo a saída dos veículos e, consequentemente, o cumprimento das linhas. Essa ação irresponsável causou graves prejuízos à sociedade botucatuense, que ficou sem o serviço essencial de transporte público, afetando o deslocamento de milhares de cidadãos para suas atividades diárias.
A Reta Rápido Transportes Ltda. reitera seu compromisso com a legalidade e com a população de Botucatu. Diante dos atos de vandalismo e da interrupção injustificada do serviço, a empresa informa que todas as medidas legais cabíveis serão tomadas para apurar as responsabilidades e mitigar os danos causados.
Agradecemos a compreensão da população e reforçamos que estamos empenhados em restabelecer a normalidade do serviço o mais breve possível.
Atenciosamente,
Reta Rápido Transportes Ltda.

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Botucatu

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2025 está com inscrições abertas e busca candidatas em Botucatu e região 

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A premiação é dividida em três etapas: estadual, regional e nacional.
Estão abertas até o dia 15 de junho as inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2025, que reconhece e valoriza o protagonismo feminino no empreendedorismo em todo o país. Em Botucatu e região, o Sebrae-SP está mobilizando empresárias de diversos setores para que contem suas histórias e participem da premiação, que é gratuita e aberta a mulheres com negócios formalizados como MEI, Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) com pelo menos um ano de atividade.
A premiação possui cinco categorias: Pequenos Negócios, Produtora Rural, MEI, Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais. A iniciativa é voltada a mulheres que estejam à frente da gestão das empresas e que tenham atuação reconhecida em sua área. O envio de um vídeo curto com o pitch de apresentação não é obrigatório, mas pode ser usado como critério de desempate na avaliação.
“Este prêmio é uma excelente oportunidade para dar visibilidade ao impacto que tantas mulheres empreendedoras estão gerando em Botucatu e na nossa região. É uma forma de celebrar conquistas e, ao mesmo tempo, inspirar outras mulheres a acreditarem no seu potencial e fortalecerem seus negócios com propósito e visão de futuro”, afirma Geovana Annelli, analista de negócios do Sebrae-SP em Botucatu.
A premiação é dividida em três etapas: estadual, regional e nacional. Na primeira fase, cinco empreendedoras são selecionadas por estado, uma por categoria. As vencedoras da etapa estadual seguem para a regional, e as finalistas disputam a fase nacional. Ao todo, até 15 empreendedoras serão reconhecidas com os prêmios ouro, prata e bronze durante a cerimônia nacional, prevista para outubro, em Florianópolis (SC).
Além da visibilidade e reconhecimento, as vencedoras recebem capacitações, mentorias, participação em missões técnicas e prêmios em dinheiro que variam entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, conforme a colocação na etapa final.
Para se inscrever, basta acessar o site oficial do prêmio:
🔗 www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/mulherdenegocios
A participação é gratuita. Podem concorrer mulheres com mais de 18 anos, cujas empresas estejam ativas e em dia com as obrigações legais e fiscais. Negócios com sócios homens podem participar, desde que a mulher inscrita seja a administradora da empresa e a principal responsável pela trajetória empreendedora.
Sobre o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios
Criado em 2004, o prêmio já recebeu mais de 100 mil inscrições e reconheceu mais de 200 mulheres empreendedoras em todo o país. A iniciativa busca valorizar histórias de superação, gestão, inovação e impacto social gerado por negócios liderados por mulheres. Além de premiar, o objetivo é inspirar outras mulheres a empreenderem e fortalecerem a cultura do empreendedorismo feminino no Brasil.

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Botucatu

Botucatu sedia 2º Fórum de Turismo da Cuesta Paulista no dia 27 de maio

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Encontro tem como objetivo fortalecer o turismo regional por meio da aproximação do poder público, empresários e lideranças do setor
O Sebrae-SP, em parceria com o Consórcio Polo Cuesta e a Associação Turística da Cuesta Paulista (ATCP), realiza no dia 27 de maio, das 8h30 às 13h, o 2º Fórum de Turismo da Cuesta Paulista. O evento será realizado no Parque Tecnológico de Botucatu, localizado na Rodovia Gastão Dal Farra, Jardim Aeroporto.
O encontro tem como objetivo fortalecer o turismo regional por meio da articulação e conexões entre poder público, empresários e lideranças do setor. A proposta é promover a troca de experiências, compartilhar tendências e estimular ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável da atividade turística nos municípios que compõem a Região Turística da Cuesta Paulista.
O fórum é voltado a empresários do trade turístico – como meios de hospedagem, atrativos turísticos, serviços de alimentação, agências, operadoras de turismo, artesãos, propriedades rurais com potencial turístico, empresas de eventos e transportadoras – além de membros dos Conselhos Municipais de Turismo e demais interessados pelo tema nos municípios da região.
A realização do fórum reforça o compromisso das instituições envolvidas com a valorização do turismo como vetor de desenvolvimento econômico regional, apoiando o planejamento, a qualificação e a articulação entre os diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva do setor.
“A programação foi pensada com muito carinho para relembrarmos as riquezas e potência da nossa Cuesta para o Turismo”, explica a consultora de negócios do Sebrae-SP Néia França.
A programação contará com os painéis: Paisagens que contam histórias, com Berenice Balsalobre; as cidades da Cuesta Paulista e suas belezas únicas; Construindo Experiências no Turismo – Missão BTL Portugal 2025 com Bernardo Ignarra e Beatriz Burckas; apresentação de Roteiros e Creditur, com Gregory Andrade, da Secretaria de Estado de Turismo de São Paulo.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link https://bit.ly/forum-turismo. Mais informações pelo telefone (14) 3811-1710.
Serviço: 2º Fórum Regional de Turismo da Cuesta Paulista
Data: 27 de maio de 2025
Horário: Das 8h30 às 13h
Local: Parque Tecnológico de Botucatu – Rodovia Gastão Dal Farra – Jardim Aeroporto – Botucatu/SP
Público-alvo: Empresários do setor turístico, membros dos COMTURs e interessados da Região da Cuesta Paulista

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