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Sebrae e Fundação FAT realizam projeto para fortalecer o Turismo no interior paulista

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Ações envolvem desde diagnósticos até a aplicação de soluções voltadas à gestão pública, como Plano de Destino Turístico Inteligente, que se baseia em um conceito internacional ainda pouco aplicado no Brasil

Um time de especialistas da Fundação de Apoio à Tecnologia (Fundação FAT) está realizando, em parceria com o Sebrae-SP, um projeto para reestruturar e fortalecer as ações de fomento à atividade turística em municípios do interior de São Paulo. A partir da criação e aplicação de novas metodologias para aprimorar a gestão pública do turismo municipal e regional, desenvolvidas pela FAT, foi entregue, em abril, o Diagnóstico da Estrutura de Gestão do Turismo para Miracatu, no Vale do Ribeira, após quatro meses de pesquisas documentais, entrevistas e avaliações. O projeto foi iniciado em 2024, nas cidades de Apiaí, Penápolis e Salesópolis, que passaram pelos diagnósticos e aplicação de consultorias. Já os municípios de Itaoca, Mogi das Cruzes, Suzano, Castilho, Presidente Epitácio e Guaratinguetá foram também atendidos em instrutorias de Gestão Colaborativa do Turismo e Fortalecimento dos Processos de Governança em Turismo.

 

Com base nesse primeiro diagnóstico – que avalia desde a estrutura da gestão pública e da governança neste setor, como o plano diretor e uma série de informações acerca do contexto do desenvolvimento da atividade no território –, a FAT desenvolveu outras soluções de consultorias para estruturar a gestão pública municipal do turismo, o arcabouço legal municipal e o sistema de gestão de informações turísticas, além da avaliação da maturidade da estrutura da gestão municipal para atender aos requisitos do Plano de Destino Turístico Inteligente (DTI).

 

Douglas Dias, consultor de Turismo da Fundação FAT e coordenador do projeto, destaca que a iniciativa deve apoiar a gestão pública em desenvolver estratégias para a melhoria do planejamento e da organização do Turismo no Território. Uma das frentes de atuação inclui o apoio à implantação dos requisitos de Destino Turístico Inteligente (DTI), uma metodologia desenvolvida na Espanha e em franca expansão no Brasil. “Atualmente, Curitiba (PR) é a referência brasileira com essa certificação, porém há muitas cidades do estado de São Paulo, como Jundiaí, com potencial para aplicação dessas práticas. Não é uma tarefa simples para a governança do território, mas agora temos essa consultoria desenvolvida pela FAT e pelo Sebrae-SP, uma solução importante para as prefeituras implantarem o conceito DTI”, afirma.

 

Segundo Dias, para que uma cidade obtenha o certificado de Destino Turístico Inteligente (DTI), ela precisa desenvolver aspectos avançados de governança, com participação ativa de gestores públicos e privados; inovação, promovendo soluções tecnológicas para melhorar a experiência do turista; tecnologia, com infraestrutura digital acessível e eficiente; acessibilidade, garantindo inclusão para todos os perfis de visitantes; e sustentabilidade, com práticas que preservem o meio ambiente, a cultura local e incentivem o desenvolvimento socioeconômico.

 

Além de Douglas Dias, a equipe que atuou no desenvolvimento do projeto é formada, atualmente, por importantes pesquisadores em Turismo: Bianca Paes (Mestra em Turismo, é fundadora e presidente da Associação São-Roquense de Guias de Turismo e integrante do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas em Turismo do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília); Daniella Marcondes (Turismóloga, Doutora em Mudança Social e Participação Política e Mestra em Desenvolvimento do Turismo, é especialista em Turismo de Base Comunitária, colaborando com povos e comunidades tradicionais); Esmeralda Serpa (Turismóloga e Mestra em Educação, é professora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, na Fatec São Paulo e Fatec São Roque); Fábio Pozati (Turismólogo, Doutor em Geografia e Mestre em Ciências da Comunicação); Marcela Moro (Turismóloga e Mestre em Comunicação, especializada em Turismo Rural, Experiências Turísticas, Eventos, Enoturismo, Gestão Pública e Desenvolvimento Territorial); e Renata Castro Cardias (Turismóloga e Mestre em Comunicação,  especializada em Gestão Cultural pelo Senac-RJ (2010) e também em Gestão de Cidades e Empreendimentos Criativos pela Universidade Nacional de Córdoba-Argentina).

 

Na atual etapa em Miracatu, a consultora de negócios do Sebrae-SP, Regiane Rabelo Macedo, explica que o próximo passo será aplicar o curso para fortalecimento da governança, envolvendo gestores públicos, organizações e empresários locais do setor turístico. Na sequência, o Sebrae-SP deve oferecer consultorias para estruturar a gestão pública municipal do turismo, o arcabouço legal municipal e o sistema de gestão de informações turísticas, além do Plano de Destino Turístico Inteligente.

 

“Miracatu foi escolhido como projeto piloto no Vale do Ribeira. O diagnóstico de turismo integra um dos eixos do programa Cidade Empreendedora do Sebrae-SP, que busca desenvolver ações estratégicas em prol do desenvolvimento econômico e social dos municípios”, afirma Regiane.

 

Esse projeto retrata a urgência da gestão pública em Turismo no Estado de São Paulo em atualizar suas ferramentas de planejamento e gestão, com olhar no aumento da competitividade e no perfil cada vez mais exigente de visitantes e turistas que buscam experiências seguras, acolhedoras e principalmente, de qualidade. Essa mesma preocupação se dá em relação a desenvolver o turismo, planejando e controlando seu crescimento, para apoiar a população e o desenvolvimento socioeconômico do território.

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Com 1,3 milhão de títulos cancelados, São Paulo possui 25% dos cancelamentos do país; veja o que fazer

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Quem perdeu o prazo para regularizar o documento deve quitar as multas por ausência às urnas e solicitar revisão de dados ou transferência de domicílio eleitoral

A Justiça Eleitoral cancelou 1.304.783 títulos em São Paulo de eleitores que não votaram, não justificaram a ausência em três turnos consecutivos de eleição nem regularizaram a situação por meio do pagamento de multa. O número de cancelamentos no estado corresponde a 25% do total do país, que foi de 5.042.047 documentos cancelados.

 

O prazo para regularizar o título e evitar o cancelamento terminou em 19 de maio. O cancelamento automático dos documentos com pendência, previsto na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.737/2024 e no Provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral nº 1/2025, foi processado entre a última sexta (30/5) e esta terça (2/6).

 

A maioria dos que tiveram o título cancelado no estado é homem (728.431, o equivalente a 55% do total). Há, ainda, 576.157 de mulheres com o documento cancelado. A faixa etária com maior percentual de cancelamentos é de 25 a 29 anos, com 282.426 pessoas (21% do montante). Em relação ao grau de instrução, 30,7% dos que tiveram o título cancelado têm ensino médio completo, seguidos dos que possuem ensino médio incompleto (27,1%) e ensino fundamental incompleto (22,3%). Entre os cancelados, 11.851 têm algum tipo de deficiência e 1.005 fazem uso do nome social.

 

Com 397.325 pessoas nessa situação, a capital lidera o ranking dos municípios com mais pessoas com o documento cancelado. Os números por município podem ser consultados na página de estatísticas do TSE.

 

Ainda de acordo com o TSE, 5.489 pessoas no estado não estavam sujeitas ao cancelamento do título por pertencerem a grupos para os quais o voto é facultativo ou estão em situações excepcionais previstas pela legislação eleitoral. Outros 3.302 títulos passaram por cancelamento posterior, depois de 19 de maio, por diferentes razões, como a informação de óbito. Por sua vez, 53.273 eleitoras e eleitores de São Paulo regularizaram o título até o fim do prazo legal.

 

O que fazer agora?

 

Eleitores com o título cancelado deverão requerer revisão de dados ou transferência de domicílio em um cartório ou no Autoatendimento Eleitoral (clicar na opção 3), no site do TRE-SP, instruindo o requerimento com a documentação necessária à sua apreciação.

 

Também é necessário realizar o pagamento de eventuais multas no valor de R$ 3,51 por turno em que a pessoa deixou de votar ou de justificar a ausência.

 

Como verificar minha situação?

 

Para consultar a situação do título, basta acessar a página de Autoatendimento (clicar em “Título Eleitoral” e, na página seguinte, na opção 7, “Consultar situação eleitoral”) ou entrar no aplicativo e-Título (clicar em “Mais opções” na barra inferior da tela).

 

Caso tenha multa, o pagamento também pode ser feito, inclusive via Pix, por meio do Autoatendimento (clicar em “Débito Eleitoral”, informar os dados e, em seguida, escolher uma das opções: “Emitir Boleto” ou “Pagar via Pix”) ou pelo aplicativo (“Mais opções” depois “Pagar Multa Eleitoral).

 

Após quitar as multas, o eleitor com o título cancelado deverá requerer ainda a regularização do documento solicitando a revisão de dados ou transferência de domicílio no Autoatendimento.

 

Posso buscar atendimento presencial?

 

No estado, os eleitores podem solicitar a regularização presencialmente em qualquer cartório, independentemente da zona eleitoral à qual seu título está vinculado (consulte o cartório mais próximo de sua residência).

 

O atendimento ao público é feito de segunda a sexta, das 11h às 17h. É necessário fazer agendamento prévio pelo site do Tribunal antes de ir ao cartório. A eleitora ou o eleitor que comparecer a uma das unidades deverá apresentar, obrigatoriamente, documento oficial com foto.

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Professor do IBB/Unesp é destaque em ranking internacional de cientistas mais influentes do mundo

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Claudio de Oliveira é reconhecido por sua contribuição científica nas áreas de Genética e Zoologia, com destaque para estudos sobre a biodiversidade de peixes neotropicais

O professor Claudio de Oliveira, do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp, foi reconhecido pelo ranking internacional da plataforma Research.com como um dos cientistas mais citados do mundo na área de Biologia e Bioquímica. A classificação leva em conta o impacto da produção científica ao longo da carreira, considerando o número de publicações e citações em periódicos científicos de alto prestígio. Segundo o Research.com o professor ocupa a posição de número 26 entre todos os pesquisadores das áreas de Biologia e Bioquímica do Brasil, sendo o mais bem colocado entre os pesquisadores da Unesp.

Com ampla atuação nas áreas de Genética, Zoologia, Biologia Evolutiva e Sistemática,  o professor Claudio é referência nacional e internacional em estudos sobre a diversidade, evolução e estrutura genética de peixes de água doce, especialmente os neotropicais — espécies encontradas na região da América Latina, que abrange desde o sul do México até o norte da Argentina e é considerada uma das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta. Sua produção científica reúne centenas de artigos publicados em revistas internacionais, orientações de mestrado e doutorado, além da coordenação de diversos projetos de pesquisa financiados por agências como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Entre seus trabalhos mais citados estão estudos sobre as relações filogenéticas da família Characidae — uma das mais diversas entre os peixes de água doce —, além do desenvolvimento de métodos para preparo cromossômico em peixes e a aplicação do DNA barcoding — uma técnica que utiliza trechos do DNA como um “código de barras genético” — na identificação precisa de espécies, especialmente em grupos com grande diversidade e morfologia semelhante. Esses artigos ultrapassam 150 citações cada, evidenciando sua relevância na comunidade científica.

No período recente (2018–2021),  o professor Claudio concentrou sua pesquisa em temas como DNA barcoding, biologia evolutiva, filogenia de peixes — área que investiga as relações evolutivas entre diferentes espécies e grupos de peixes, buscando entender como eles se diversificaram ao longo do tempo — e biodiversidade genética. Em suas investigações, integra conhecimentos de cariotipagem (análise da organização e número dos cromossomos), filogeografia (estudo da distribuição geográfica das linhagens genéticas), biogeografia (análise da distribuição das espécies no espaço e no tempo) e ecologia molecular (uso de ferramentas genéticas para entender processos ecológicos), utilizando ferramentas de ponta para compreender as relações evolutivas entre espécies da megadiversa fauna Neotropical – um dos conjuntos de animais mais variados do planeta, formado por espécies que habitam a América do Sul, América Central e parte do México, região conhecida por abrigar biomas como a Amazônia e a Mata Atlântica e por sua altíssima concentração de espécies únicas.

Além de pesquisador,  o professor Claudio tem papel destacado na formação de recursos humanos, com extensa atuação na pós-graduação e orientação de novos cientistas. É também bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e integrante de comitês de avaliação científica.

“Estou feliz com o reconhecimento de meu trabalho, uma vez que se trata de uma avaliação feita em nível internacional. No entanto, esses trabalhos todos foram construídos com uma grande equipe, e, portanto, é também um reconhecimento ao esforço de cada um de seus parceiros, em busca de um melhor conhecimento da nossa fauna de peixes”, destaca.  O professor Claudio ainda reconhece que tudo só foi possível de ser realizado, porque seu laboratório sempre contou com recursos financeiros advindos de agências de fomento, como a FAPESP e o CNPq, além da própria Unesp.

A presença no ranking da Research.com reforça o reconhecimento internacional do trabalho realizado pelo professor Claudio  e do protagonismo do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu na produção científica brasileira voltada à conservação e ao conhecimento da biodiversidade.

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Governo de SP permite produtores rurais usarem faixas de domínio de rodovias estaduais para ampliar áreas de plantio

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou nesta terça-feira (29), durante visita à 30ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, a regulamentação do plantio de culturas de ciclo curto — como milho, cana-de-açúcar e soja — nas chamadas faixas de domínio das rodovias sob jurisdição do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
A iniciativa permitirá que produtores rurais que possuem propriedade nas áreas lindeiras às rodovias estaduais possam requerer ao DER-SP a ampliação de suas áreas de cultivo, incorporando parte das faixas de domínio — que têm, em média, 25 metros de largura para cada lado da pista, conforme o trecho, medidos a partir do eixo central da via.
“Tivemos hoje uma série de anúncios importantes em várias frentes de trabalho. É uma agenda extremamente importante, que nos deixa muito satisfeitos e é a nossa forma de homenagear esse agronegócio que é pujante e que faz a diferença no nosso Brasil”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas
A secretária da Semil, Natalia Resende, ressaltou que a medida representa um avanço significativo no planejamento estratégico do uso do solo. “Essa regulamentação traz um importante avanço ao integrar segurança viária, preservação ambiental e expansão da produção agrícola. Ao transformar áreas ociosas em áreas produtivas, o Governo de São Paulo contribui para a sustentabilidade do setor rural e para a segurança nas rodovias, estabelecendo um modelo inovador para o uso do solo”, apontou.
“Para os agricultores, a iniciativa representa uma oportunidade de expandir a produção com baixo custo de acesso, desde que atendidas as exigências técnicas e de segurança. A proposta também contribui para a conservação paisagística, além da importantíssima prevenção de incêndios”, destacou Sergio Codelo, presidente do DER-SP.
O objetivo do Governo de SP com a iniciativa é reforçar a segurança no entorno das rodovias, já que as áreas cultivadas funcionam na prática como uma espécie de aceiros, como são chamadas as áreas onde a vegetação é mantida sob controle, no entorno das rodovias, para evitar a propagação de eventuais focos de incêndio.
Segundo a portaria do DER-SP, os produtores deverão submeter um pedido formal ao Departamento para cultivar nas faixas. A autorização será concedida mediante análise técnica e cumprimento das regras estabelecidas.
Após a autorização, o produtor rural deverá arcar com uma tarifa de cerca de R$ 1,8 mil, além de uma remuneração anual proporcional à área cultivada, uma vez que o estado não pode simplesmente ceder o uso sem estabelecer uma contrapartida. O uso não gerará a posse desta faixa, nem qualquer direito real sobre o trecho incorporado à produção, podendo ser revogado a qualquer momento, em caso de descumprimento das normas ou necessidade de intervenções públicas.

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