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Botucatu

Oficinas artísticas do SARAD contribuem na recuperação de pacientes

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Pacientes se sentem úteis e produtivos com atividades manuais

Arte. Pequena palavra que pode ser entendida como uma habilidade dirigida para a execução de uma tarefa ou um conjunto de técnicas para a produção de objetos. Porém, no Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (SARAD), essas quatro letras representam mais do que explicações teóricas: significam o recomeço na vida de muitas pessoas.

Há cerca de dois anos, os pacientes da unidade vinculada ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) participam, semanalmente, de oficinas artísticas voltadas à marcenaria, à pintura, à escrita e à confecção artesanal de enfeites e objetos de decoração.

As oficinas são acompanhadas pelas Enfermeiras Mariana Vulcano Neres e Patrícia Cristina Oliveira de Moraes e pela Técnica de Enfermagem Margareth Mendes Dantas que, além de realizarem o que a pioneira da Enfermagem moderna Florence Nightingale aponta como “a mais bela das artes”, investem parte de sua rotina também para aperfeiçoar as habilidades dos pacientes, em prol da humanização e da ressocialização.

De acordo com as servidoras responsáveis, a ideia nasceu há cerca de dois anos, por conta da paixão de cada uma delas pela experiência artística. “A arte faz parte de nossa vida há muito tempo e desejamos incluir a atividade nas ações de humanização do serviço. Começamos de forma simples, com poucos materiais e, ao longo do tempo, com o apoio da Gerência de Enfermagem e de vários parceiros, conseguimos uma estrutura básica para as atividades”.

Inicialmente, o projeto acontecia em duas salas. Com o aumento da adesão, a arte tomou conta de um dos corredores do SARAD. “Todos os pacientes, sem exceção, são convidados a participar e a freqüência nas oficinas varia de acordo com o interesse dos que estão internados”, destaca Mariana.

Margareth destaca os benefícios das oficinas para a recuperação dos pacientes, que se sentem mais úteis e produtivos. “Eles chegam debilitados física e psicologicamente e as atividades manuais ajudam na cognição, na disciplina e na força motora, diminuem a ansiedade, estimulam a criatividade, a organização e o trabalho em grupo, aumentam a auto-estima e a integração do paciente com a equipe”.

Já a enfermeira Patrícia comenta que o poder de transformação da arte ultrapassa as paredes do SARAD. “Alguns pacientes, depois de receberem alta, continuam a fazer marcenaria em casa, trazendo renda extra para a família e exercitando a mente para retornarem ao convívio social”.

Segundo a Gerente de Enfermagem do SARAD, Nilza Maria Ravazoli Brito, a finalidade primária das Oficinas é a realização de ações terapêuticas. No entanto, os materiais produzidos pelos pacientes também são vendidos em um espaço ao lado da administração do SARAD e durante os bazares realizados no Hospital.

“Todos os recursos obtidos pela venda dos materiais são revertidos para as oficinas de arte e marcenaria e para outras ações de humanização em benefício dos pacientes. Futuramente, queremos construir um barracão para a realização das oficinas, adquirir mais equipamentos e capacitar os pacientes e os servidores que acompanham as atividades”, afirma.

Humanização, superação e mudança de vida

Para o paciente C. A. G. S., as oficinas fazem toda a diferença em sua rotina. “Desde quando comecei a participar destes momentos, me senti bem, porque ocupa a minha mente e eu aprendo muitas coisas, principalmente a trabalhar em equipe, o que é um desafio para quem sofre com a dependência”.

Entre pinturas, confecções e acabamentos, as artes visuais e assistenciais se unem para trazer dignidade, esperança e alegria para quem mais precisa. “Um pensador, certa vez, disse que a arte nos salva da loucura da vida, e acreditamos plenamente nisso. A arte é um dom que queremos repartir com as pessoas, despertando-as para uma nova visão sobre o mundo e a sua própria existência, e é também uma forma de cuidado com nossos pacientes”, finalizam as servidoras.

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NAPE atua na inclusão da comunidade surda em Botucatu

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Hoje, 24 de abril, é celebrada uma data muito importante para a inclusão e a valorização da diversidade no Brasil: o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. Essa data marca a sanção da Lei nº 10.436/02, que reconheceu oficialmente a Libras como meio legal de comunicação e expressão para a comunidade surda.

Em Botucatu, o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado (NAPE) “Alcyr de Oliveira” tem sido essencial para essa temática. O Núcleo oferece cursos gratuitos de Libras para a comunidade em geral, incentivando o aprendizado dessa língua rica e fundamental para a comunicação inclusiva.

Em paralelo ao trabalho realizado com a população em geral, a Secretaria Municipal de Educação e o NAPE mantêm uma parceria na inserção de intérpretes de Libras nas escolas, que atuam diretamente nas salas de aula com os alunos surdos da Rede Municipal de Ensino. Também foi iniciado um trabalho de atendimento em horário extraescolar para esses alunos, com o objetivo de ampliar o vocabulário e desenvolver ainda mais a fluência em sua língua materna (Libras).

Mais do que uma celebração, o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais é um convite à reflexão. Ainda há muitas barreiras enfrentadas pelas pessoas surdas, e é nosso dever como sociedade buscar constantemente formas de promover mais acessibilidade, respeito e inclusão, afinal, a inclusão começa com a comunicação!

NAPE – Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado “Alcyr de Oliveira”
Endereço: Rua Amando de Barros, 1520, Centro
Telefone: (14) 3811-3061, (14) 99731-0754

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Botucatu

Turismo abre inscrições para Feira Turística do Dia das Mães

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Este evento promete oferecer o melhor do artesanato local e uma variedade de atrações musicais e artísticas ao longo do dia

A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria de Turismo, informa que está com inscrições abertas para a Feira Turística de Dia das Mães, que será realizada no dia 10 de maio (sábado), das 9 às 17 horas, na Praça Isabel Arruda – Centro.

As inscrições para artesãos, expositores, serviços gastronômicos e turísticos devem ser feitas através DESTE LINK e seguem até as 23h59 do dia 27 de abril (domingo).

https://forms.gle/iY949voNYkvGFzjs6

Caso o número de inscritos ultrapasse a capacidade física da praça, será feito um sorteio no dia 28 de abril e as pessoas sorteadas serão notificadas no dia 29 de abril. A reunião de alinhamento com todos os selecionados para participarem da feira está agendada para o dia 06 de maio.

Mais informações:

E-mail: turismo@botucatu.sp.gov.br,

Telefone: (14) 3811-1490

WhatsApp: (14) 99790-6691

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Botucatu

EMA celebra 20 anos dedicados à educação ambiental

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A Escola do Meio Ambiente (EMA) de Botucatu completou no último sábado, 12 de abril, seus 20 anos de dedicação à educação ambiental em Botucatu. Desde 2005a EMA tem sido um espaço dedicado à conscientização ambiental que proporciona experiências transformadoras para crianças, jovens e adultos.

Vinculado à Secretaria de Educação, a EMA se tornou referência no município, promovendo conhecimento e encantamento por meio de trilhas, atividades ao ar livre e vivências na natureza.

Localizada no Jardim Aeroporto, a Escola do Meio Ambiente está inserida em um ecótono, uma zona de transição entre dois importantes biomas brasileiros: a Mata Atlântica e o Cerrado. Além disso, a área abriga nascentes do Ribeirão Lavapés e a Represa Professor Jorge Jim, reforçando sua importância para a preservação dos recursos hídricos da cidade.

Para celebrar os 20 anos de educação e conscientização ambiental, foi plantado um jequitibá-branco, árvore símbolo de Botucatu, em uma cerimônia na última quarta-feira, 16 de abril.

“Nesses vinte anos, nossa missão sempre foi a de estabelecer um vínculo amoroso entre nossos visitantes e a EMA, afinal, infinito é o valor da vida. Que os próximos anos sigam sendo de encantamento, de transformação e de profunda conexão com tudo o que vive”, destacou a professora Eliana Gabriel, diretora da Escola do Meio Ambiente.

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