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Botucatuense segue desaparecida na França. Saiba quem é

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Fernanda Santos de Oliveira, de 44 anos, de Botucatu (SP), foi morar na França há pouco mais de um ano com o sonho de ser reconhecida profissionalmente e viajar pelo mundo. Brasileira tem um filho de 23 anos, que é pai de uma menina de 3 e um menino de 11 meses.

A brasileira que está desaparecida desde 6 de maio, em Paris, na França, sempre sonhou em conhecer outros países e culturas, bem como se realizar profissionalmente, segundo parentes que aguardam notícias sobre seu paradeiro.

Segundo a irmã, Fernanda Santos de Oliveira, de 44 anos, sempre falou em trabalhar na sua área de formação fora do país, já que em Botucatu, no interior de SP, onde morava antes de ir para a Europa, teve poucas oportunidades. Ela é formada como técnica de enfermagem e tinha curso de radiologia.

“A Fernanda trabalhou por mais de dez anos em uma indústria de Botucatu e, quando saiu, passou a fazer bicos como cuidadora, de motorista para idosos que precisavam ser levados a consultas médicas. E sempre foi muito estudiosa, sonhadora e esforçada”, detalha a irmã Maria Aparecida de Oliveira, de 52 anos.

Desde que chegou na França, em abril de 2022, Fernanda já conseguiu conhecer Amsterdã, na Holanda, e Ibiza, na Espanha. “Ela sempre me disse que queria viajar, conhecer o mundo”, afirma a irmã.

Antes de ir para a França, onde uma prima já vivia, Fernanda tentou o visto para os Estados Unidos, mas não teve sucesso. “Antes de ir para a Europa, ela nunca havia saído do Brasil”, revela Maria.

A irmã conta também que Fernanda sempre foi muito apegada aos familiares e tem um filho de 23 anos, que lhe deu um casal de netos, a menina com três anos e um menino de 11 meses. “O menor ela só conheceu por fotos e vídeos, todo domingo ela falava com eles por vídeo.”

Um dos cartazes espalhados por Paris durante mutirão de busca da brasileira Fernanda Santos Oliveria, que desapareceu em Paris, em 6 de maio de 2023. — Foto: Association Femmes de la Résistance

Um dos cartazes espalhados por Paris durante mutirão de busca da brasileira Fernanda Santos Oliveria, que desapareceu em Paris, em 6 de maio de 2023. — Foto: Association Femmes de la Résistance

Maria relata também que irmã não tem costume de sumir e ficar sem dar notícias. “Ela conta tudo para a gente, dizia que vinha estudando francês e gostava de ser arrumar. É uma mulher muito bonita, bem cuidada.”

Ao g1, Maria diz que o sumiço dela vem mobilizando buscas da polícia francesa, já que o último contato foi em 3 de maio. “Nós todos estamos angustiados. Falávamos com ela todos os dias e, de repente, ela desapareceu. Foi uma surpresa, um mistério ela ter sumido assim.”

Fernanda Santos de Oliveira, natural de Botucatu (SP), está desaparecida desde o dia 6 de maio — Foto: Arquivo Pessoal

Fernanda Santos de Oliveira, natural de Botucatu (SP), está desaparecida desde o dia 6 de maio — Foto: Arquivo Pessoal

“Conversamos rapidamente [em 3 de maio] porque ela estava no metrô. Ela disse que me ligava assim que chegasse em casa, mas não ligou. Depois, não consegui mais contato”, conta.

Segundo a irmã, Fernanda mora há pouco mais de um ano em Boulogne-Billancourt, região do subúrbio de Paris.

“Ela foi em abril do ano passado, viveu um tempo com uma parente nossa e acabou ficando por lá. Essa pessoa foi para os Estados Unidos e ela ficou morando sozinha. Arrumou um lugar e um emprego”, comenta a irmã.

Fernanda Santos de Oliveira, de Botucatu (SP), está há 9 dias desaparecida em Paris — Foto: Arquivo Pessoal

Fernanda Santos de Oliveira, de Botucatu (SP), está há 9 dias desaparecida em Paris — Foto: Arquivo Pessoal

Situação irregular

Na capital francesa, Fernanda conseguiu um emprego em restaurante de culinária portuguesa e mantinha ainda dois bicos como faxineira. Contanto, vivia ilegalmente no país e estava em busca de regularizar a situação.

“Estava feliz, morava perto do Rio Sena e da Torre Eiffel, num lugar bom. Ela queria regularizar o visto dela e ficar por lá mesmo”, diz Maria.

 

Desde o dia 5 de maio, Fernanda não aparece para trabalhar. Já os familiares afirmam que Fernanda foi vista pela última vez por vizinhos no dia 6. Na ocasião, ela saiu de casa sem documentos e celular, levando apenas uma bolsa de mão, um trotinete – semelhante a um patinete elétrico – e o passaporte.

Desaparecimento de brasileira em Paris vem mobilizando amigos na França — Foto: Arquivo Pessoal

Desaparecimento de brasileira em Paris vem mobilizando amigos na França — Foto: Arquivo Pessoal

g1 entrou em contato com o Consulado Brasileiro na capital francesa, que em, em nota, afirmou que acompanha o caso desde quinta-feira (11), após contato de familiares.

Ainda no comunicado, o Consulado pontuou que buscas diárias estão sendo realizadas junto à polícia, hospitais e Instituto Médico Legal. No entanto, sem resultado até o momento. O desaparecimento também foi comunicado à polícia francesa, que registrou dois boletins de ocorrência.

Busca por brasileira desaparecida em Paris já passou do 8º dia — Foto: Arquivo Pessoal

Busca por brasileira desaparecida em Paris já passou do 8º dia — Foto: Arquivo Pessoal

Apoio em Paris

Membros de associações brasileiras na França, amigos e colegas de trabalho espalharam cartazes com a foto de Fernanda em pontos estratégicos da cidade. Eles também divulgaram fotos da brasileira em jornais franceses. Nas redes sociais, as organizações pedem informações sobre o sumiço de Fernanda.

Não há informações concretas sobre o paradeiro da brasileira. As autoridades francesas seguem investigando o caso.

Associações na França mobilizam buscas por brasileira desaparecida em Paris — Foto: Instagram/Reprodução

Associações na França mobilizam buscas por brasileira desaparecida em Paris — Foto: Instagram/Reprodução

Fonte: Globo.com

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Reta Rápido emite nota oficial sobre greve

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Nota à imprensa – Reta Rápido

A Reta Rápido Transportes Ltda. vem a público lamentar e esclarecer os fatos referentes à greve abusiva deflagrada por parte de seus funcionários no dia de hoje (12).

Nota de Esclarecimento
Botucatu, 12 de junho de 2025
A Reta Rápido Transportes Ltda. vem a público lamentar e esclarecer os fatos referentes à greve abusiva deflagrada por parte de seus funcionários no dia de hoje.
É fundamental ressaltar que a Reta Rápido Transportes jamais se negou a negociar com o Sindicato da categoria. Pelo contrário, as tratativas para buscar uma solução consensual estão em andamento contínuo. Prova disso é a audiência já designada para o dia 13 de junho de 2025 no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15), onde a empresa espera avançar nas negociações e resolver o impasse.
Apesar da disposição da empresa em dialogar, presenciamos com grande preocupação a conduta inaceitável de parte dos trabalhadores, que, de forma deliberada, murcharam os pneus dos ônibus, impedindo a saída dos veículos e, consequentemente, o cumprimento das linhas. Essa ação irresponsável causou graves prejuízos à sociedade botucatuense, que ficou sem o serviço essencial de transporte público, afetando o deslocamento de milhares de cidadãos para suas atividades diárias.
A Reta Rápido Transportes Ltda. reitera seu compromisso com a legalidade e com a população de Botucatu. Diante dos atos de vandalismo e da interrupção injustificada do serviço, a empresa informa que todas as medidas legais cabíveis serão tomadas para apurar as responsabilidades e mitigar os danos causados.
Agradecemos a compreensão da população e reforçamos que estamos empenhados em restabelecer a normalidade do serviço o mais breve possível.
Atenciosamente,
Reta Rápido Transportes Ltda.

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Botucatu

CLAI/FMB forma primeira turma no curso de LIBRAS

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Iniciativa amplia as competências dos servidores e estudantes e demonstra a valorização da diversidade e a preocupação com atendimento adequado às pessoas surdas

 

No último dia 29 de maio aconteceu o encerramento das atividades do 1º Curso de Extensão em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) promovido pela Comissão Local de Acessibilidade e Inclusão (CLAI) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP). Nessa primeira turma foram disponibilizadas 22 vagas, formando servidores técnico-administrativos, docentes e alunos.

 

Realizado na modalidade presencial e com 60 horas de duração, o curso teve como foco a acessibilidade na área da saúde, com objetivo de proporcionar aos participantes o domínio básico da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), permitindo uma comunicação inicial eficaz com pessoas surdas e ensinando conceitos fundamentais para uma interação mais inclusiva e sensível.

 

A ideia desse treinamento surgiu durante uma das reuniões da CLAI e atendeu sugestão apresentada por uma discente de graduação. Os recursos foram viabilizados pela Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI/UNESP). “A proposta ressalta a importância de preparar nossos servidores técnico-administrativos, docentes e o corpo discente para interagir com as pessoas que têm deficiência auditiva. E a Língua Brasileira de Sinais, oficial em nosso país, é um instrumento que nos permite receber essas pessoas e integrá-las no dia a dia da nossa universidade”, comenta o professor Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção, vice-diretor da FMB e coordenador da CLAI.

 

A formação em LIBRAS não apenas amplia as competências dos servidores e estudantes, mas também demonstra a valorização da diversidade e o comprometimento em remover barreiras de comunicação que podem excluir determinados grupos da sociedade.

 

“Em vista dessa relevância buscamos os recursos e fomos contemplados pela CPAI. Todos que fizeram o curso o avaliaram positivamente, dizendo que foi uma experiência muito valida. Com isso conseguimos fazer com que integrantes da nossa comunidade acadêmica passem a estar preparados para receber pessoas que fazem uso de LIBRAS para se comunicarem. Isso fará grande diferença para nossa unidade, na interação entre a universidade e a sociedade”, completa Lourenção.

 

Segundo o psicopedagogo Alberto Jorge dos Santos, que junto com sua esposa Patrícia ministrou as aulas, essa modalidade de curso vai além do básico, abordando não apenas os sinais relacionados à área da saúde, mas também capacitando os alunos a compreenderem as diferenças culturais e comunicacionais da comunidade surda.

 

“A comunicação é um pilar fundamental no atendimento à saúde e garantir acessibilidade é um compromisso ético dos profissionais da área. O atendimento clínico em LIBRAS permite que pacientes surdos sejam atendidos de forma humanizada e eficiente, promovendo uma compreensão clara das queixas, diagnósticos e tratamentos. Profissionais capacitados em LIBRAS não só ampliam o acesso à saúde, mas também fortalecem a confiança e o vínculo com o paciente, garantindo um cuidado integral e inclusivo. Incluir LIBRAS no atendimento é um passo essencial para uma prática de saúde mais justa e acessível a todos”, enfatizam.

 

Avaliação

Supervisora do Centro de Saúde Escola (CSE/FMB), a professora Paula Hokama classificou sua participação no curso de LIBRAS como uma experiência transformadora, tanto no aspecto pessoal quanto profissional. Segundo ela, duas situações vivenciadas sintetizam o impacto que esse aprendizado teve sobre sua percepção da surdez e da comunicação.

“Logo no início das aulas, o professor Alberto colocou uma música na sala e convidou um aluno a dançar com sua esposa, a professora Patrícia. No começo, fiquei confusa e até um pouco desconcertada. Eles são surdos ou não? Qual seria o propósito da proposta? Mas tudo ficou claro quando o aluno começou a conduzir a professora e ela o acompanhou com leveza e precisão. Patrícia não escutava a música, mas dançava, porque era guiada com atenção e sintonia, como fazem as dançarinas mais experientes. Foi quando compreendi: se há alguma limitação de um sentido, há também tantas outras capacidades preservadas. A comunicação e a expressão continuam plenas. Ali entendi que LIBRAS não é apenas um novo idioma, é um universo que se abre. E, mais do que isso, percebi que a limitação, muitas vezes, está em mim, e não na pessoa com surdez”, relata.

A segunda situação lhe marcou profundamente como profissional da saúde. O professor relatou o caso de uma equipe do SAMU que atendia uma vítima de acidente na rua. A pessoa estava muito agitada e ninguém entendia o motivo. Até perceberem que se tratava de uma pessoa surda, tentando se comunicar em LIBRAS. “A imobilização forçada, necessária em tantos casos, era para ela um agravante da angústia. Aquela contenção era, justamente, o que ela mais precisava evitar. A lição foi clara: em contextos de urgência, é fundamental considerar a possibilidade de estar diante de uma pessoa surda e estar preparado para isso”.

 

Para Hokama, essas duas vivências mostraram que LIBRAS não é apenas uma ferramenta de inclusão. “É uma forma de escuta. Uma escuta que se faz com os olhos, com as mãos, com a presença, e que, por isso mesmo, é profundamente humana”, completa.

 

Outra aluna a concluir o curso foi a Dra. Renata Maria Zanardo Romanholi, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP/FMB). Para ela, a iniciativa é fundamental  para promover a inclusão das pessoas surdas e contribui para a formação de profissionais de saúde mais sensíveis e preparados para atender às diversidades e às necessidades da população. “Como educadora, reconheço que a oportunidade de vivenciar e aprender a Língua Brasileira de Sinais me fez repensar algumas práticas adotadas que temos durante a graduação na área da saúde”, destaca.

 

Enquanto dirigente do Núcleo de Apoio Pedagógico, Renata diz que o desafio é refletir sobre como essas práticas têm sido trabalhadas ao longo da formação nos cursos de Enfermagem e Medicina, não apenas considerando os futuros pacientes, mas também os estudantes surdos que podem vir a compor o corpo discente da FMB.

 

“O curso foi uma experiência muito enriquecedora. Estar com professores surdos nos permitiu não apenas aprender LIBRAS, mas também refletir sobre as necessidades dessa comunidade em nossa sociedade e os inúmeros desafios que enfrentam nos serviços de saúde, onde ainda predominam o desconhecimento e o preconceito”, afirmou.

 

Quem também avaliou positivamente a iniciativa foi o servidor Paulo Henrique dos Santos, responsável pela Central de Aulas, da FMB. “Achei excelente a iniciativa. Aprendi muito. Foi uma experiência incrível poder compartilhar com os professores os conhecimentos que eles nos passaram. Os sinais que aprendemos em LIBRAS nos permitem a comunicação com as pessoas surdas, compreender o querem e não ter medo de conversar com eles. Aprendemos que na língua de sinais podemos conversar literalmente com essas pessoas. Foi gratificante aprender o básico para tentar essa comunicação”.

 

 

 

 

 

Ana Julia Calore, aluna do terceiro ano de Enfermagem, também concluiu o curso de LIBRAS. Para ela, um dos maiores diferenciais de estudar na Faculdade de Medicina de Botucatu, é justamente ter a possibilidade de conectar ensino e inclusão em seu processo de formação.

 

“O curso é extremamente essencial, afinal, a acessibilidade para a comunidade surda é majoritariamente um recurso humano. Por isso, foi muito interessante que não apenas alunos da graduação participaram e se dedicaram no curso, mas profissionais atuantes dos serviços de saúde e funcionários da faculdade também tiveram esse interesse em aprender a língua. Sei que um dia serei uma enfermeira mais acessível e capaz de fazer a diferença”, comenta.

 

A estudante faz questão de agradecer a todos que lhe permitiriam vivenciar algo importante para sua vida e sua carreira. “Nossos professores foram incentivadores e abertos a dúvidas, ensinando de forma muito leve e divertida diversos temas que nos auxiliaram a entender melhor a Língua Brasileira de Sinais. Sem contar, que eles mesmos fazem parte da comunidade surda e puderam trazer relatos e vivências pessoais durante as aulas. Sou muito grata aos professores Alberto e Patrícia, aos colegas e amigos do curso de LIBRAS e a faculdade por essa oportunidade”.

 

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Botucatu

Prefeitura abre inscrições para o Programa Botucatu Empreendedora

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As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas

Estão abertas e seguem até o dia 30 de junho as inscrições para o Chamamento Público 02/2025 do Programa Botucatu Empreendedora, voltado a empreendedores, empresários e profissionais que desejam expandir seus negócios com o apoio de uma jornada estruturada de capacitações, consultorias e conexões estratégicas.

Estão sendo oferecidos 24 vagas para cada um dos seguintes segmentos: Empreendedorismo Feminino, Serviço, Indústria, Comércio, Agro e Microempreendedor Individual. As inscrições devem ser feitas através DESTE LINK https://linktr.ee/botucatuempreendedora2025

O lançamento oficial do programa ocorreu nesta terça-feira, 10 de junho, no auditório do Parque Tecnológico de Botucatu, com a apresentação de uma palestra com o Tema “Você é o Motor ou o Freio do Seu Negócio?” com o Sr. Danilo Serafim Alves, do Sebrae/SP, um talk-show com empresários de vários segmentos e encerramento com a apresentação do programa aos presentes.

Com foco na valorização da economia local, o Programa Botucatu Empreendedora é totalmente gratuito e uma parceria da Prefeitura de Botucatu, através das Secretaria de Agricultura e de Desenvolvimento Econômico com o Sebrae/SP. A ação reúne soluções práticas para diferentes perfis de negócios, promovendo qualificação profissional, inovação, acesso a mercados e desenvolvimento de competências empreendedoras.

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